Proposta de trabalho – aceito ou não?
Quando o assunto é transição de carreira, não há receita do bolo
Na semana passada, falamos como usar o “networking” na busca de uma nova oportunidade. Hoje, vamos refletir como analisar uma proposta.
Segue um check-list que levará a uma boa decisão:
- É uma empresa com uma cultura (jeito de se fazer as coisas, tomar decisões, tratar o time) alinhada a seus valores – ou, se não é, é porque a empresa está em um processo de transformação cultural para vir a ser o que você deseja?
- Trata-se de uma posição que trará desafios profissionais que envolvam novas tecnologias e/ou maior complexidade e/ou maiores responsabilidades (orçamento, gestão, riscos etc.) e/ou novos clientes?
- De fato permanecer onde está não faz mais sentido?
- Sua remuneração fixa será compatível com a posição?
Para mesmo nível, as empresas costumam trabalhar internamente mérito de 5% a 15%. Para um nível acima, as promoções internas variam de 5% a 25%. O que terá fará compensar o risco?
- Sua remuneração variável, caso tenha, tem regras claras e objetivas? Caso contrário você poderá estar se iludindo.
- Seu pacote de benefícios atende suas necessidades pessoais? Estão claras todas as regras? Tem algum nível de flexibilidade que permite ajustar à sua realidade?
- Há possibilidade de treinamento e desenvolvimento? Há possibilidade de crescimento?
- Um ponto importante: a proposta foi formalizada conforme negociado? Do contrário, solicite a carta-proposta.
Se as respostas foram sim em sua maioria ou totalidade (ideal), hora de calcular em reais tudo que tem hoje versus tudo que terá. Não se esqueça de aplicar os impostos e os benefícios legais (FGTS e INSS).
Então, após identificar o ganho financeiro, pondere seu nível de qualidade de vida na mudança:
– distância, forma e tempo de deslocamento;
– quantidade de viagens e
– possibilidade de home office.
Semana que vem vamos falar dos primeiros 90 dias na nova empresa ou em uma nova posição.