Por que vamos mudar?

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11:57 am - 19 de junho de 2017
Transformações digitais

Interessante analisar a perspectiva de mudança sob a ótica da influência dos fatores externos – das pressões que têm origem no consumo e nas tendências de comportamento.

Nem precisamos ir tão longe assim no tempo, para lembrar a maneira pela qual a transmissão de documentos por fac-símile (o famoso aparelho de fax), transformou a maneira como as empresas e indivíduos passaram a se comunicar.

Sem dúvida, o jargão “me passa um fax” se originou a partir de uma tecnologia profundamente disruptiva. Apesar do conceito ter sido patenteado em 1843, foi somente a partir de 1973 que os aparelhos de fax, como ficaram conhecidos, se popularizaram.

Estamos falando de pouco mais de 40 anos!

E é normalmente assim que as profundas transformações tecnológicas acontecem. Elas se consolidam e se tornam produtos ou serviços que são consumidos em escala, por valores acessíveis para seu público alvo.

Assim foi com o Fax, inicialmente distribuído para consumo das empresas, tornou-se um produto imensamente popular, quase imprescindível para o dia a dia dos indivíduos. Quando? Quando os fabricantes de Impressoras e Copiadoras incorporaram suas funções em equipamentos multifuncionais.

E ao longo desses mesmos 40 anos assistimos transformações que mudaram literalmente a maneira como usamos tecnologia. Muito Mais!  A forma como vivemos!

As gerações que tiveram o privilégio de transitar pelas últimas quatro décadas, acompanharam o nascimento e a consolidação de tecnologias que se tornaram essenciais para a vida moderna – a Internet, o Google, o Facebook, o Whatsapp, os Smartphones, os Notebooks e o Wi-Fi. Praticamente impossível imaginar nosso cotidiano sem qualquer uma dessas tecnologias.

Agora, procure se lembrar por quantas vezes você questionou a presença ou o uso dessas facilidades? Quantas vezes você imaginou que o mundo poderia ser melhor sem elas? Vou arriscar um palpite. Muito poucas, para não dizer nenhuma.

Sabe porquê? Por que elas foram incorporadas ao nosso modus operandi. Quem nunca presenciou uma criança, que já tenha suas habilidades cognitivas mais desenvolvidas, passar os dedos na tela Touch de um equipamento, seja ele um Smartphone, um Tablet ou um Notebook? Como diriam os técnicos – virou default.

E esse mesmo fenômeno das transformações acontece no universo das empresas.

As empresas, públicas e privadas, se adaptam e se ajustam às mudanças tecnológicas. Eles são ao mesmo tempo agentes e consolidadoras das mudanças. Da já longínqua era do fax, à era do Big Data, da Internet das Coisas, do Aprendizado das máquinas e da Computação em Nuvem, as empresas viabilizam e adotam tendências e as tornam os novos padrões.

É e por conta da simplificação da complexidade dessas transformações, que vamos mudar. Em poucos anos, temas e conversas que hoje são tratadas como quebra de paradigmas, serão tão corriqueiros quanto discutir impressão a cores.

E é por ser tão claro e cristalino que vamos mudar, que se torna preciso ampliar ainda mais a visão estratégica dos negócios, para permitir um minucioso ajuste fino operacional na forma como deverá ser a nova distribuição de tecnologia.

Quem não entender conceitos como serviços gerenciados, ofertas direcionadas a segmento, vendas multicanais, entrega de soluções, vai seguramente enfrentar dificuldades ainda maiores do que aqueles concorrentes que forem mais rápidos e eficientes na construção de portfólios melhores alinhados com essas tendências.

O ciclo de mudança encurtou. O que antes faríamos em décadas, hoje fazemos em anos e, eventualmente amanhã faremos em meses. É esperar para ver (e retratar a história).

*Mariano Gordinho é diretor-executivo da ABRADISTI – Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação.

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