Onde cabe inovação na sua empresa?

A inovação só acontece em empresas que permitem que ela aconteça.

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12:57 pm - 22 de outubro de 2019
Helena Lopes @ Unsplash

Maior sucesso de todos os tempos da última semana ou necessidade premente para a sobrevivência de um negócio, conteúdos sobre inovação estão a – no máximo – 6 graus de separação de qualquer material sobre empreendedorismo.

Então, vamos lá para mais um, e aqui quero discorrer um pouco sobre o que é preciso para criar ambientes inovadores.

Vale lembrar, inovação só acontece em empresas que permitem que ela aconteça. Parece óbvio, mas nem tanto. É só pensar nos valores e propósito de boa parte das empresas no Brasil para verificar que não há espaço para o risco, mesmo que controlado. (Só pra deixar claro, inovação envolve risco.)

Características inovadoras já são avaliadas na contratação: criatividade, engajamento, capacidade de observação, facilidade de relacionar-se, curiosidade. Se esses são critérios adotados na escolha do seu novo colaborador, prepare-se, porque ele vai começar a trabalhar com toda a força, e depende muito da cultura de sua empresa para que ele continue assim.

Novas ideias não surgem do nada, mas podem ir embora rapidamente se não encontram o ambiente adequado para se disseminar. Antes de tudo, é preciso que o profissional sinta confiança para poder expressar-se. Pense um pouco: quantas vezes você já deixou de falar alguma coisa por medo de se expor?

Criar um ambiente inovativo começa pela liderança

Uma empresa tem que abrir espaço legítimo e verdadeiro para o ‘e se…?’, sem que o autor do questionamento tenha medo dos olhares tortos ou risadinhas de canto. E esse é um desafio enorme para as empresas, mesmo para as que têm uma cultura mais aberta.

Um ambiente aberto à inovação tem pouco a ver com pufes coloridos ou mesa de pebolim para os funcionários. O uso da tecnologia também não faz milagres: Internet das coisas, inteligência artificial, automação, business intelligence, blockchain, chatbot… Em muitos casos, esse pode ser só um conjunto de traquitanas tecnológicas que não provocam mudanças estruturais no modo como as coisas são feitas.

Quando falamos em cultura organizacional, há dois caminhos possíveis para criar um ambiente inovativo, e eles são complementares: diversidade e transparência. Isso significa jogo limpo, regras claras e olhares diferentes sobre uma mesma questão.

Para adotar um novo modelo de gestão que envolva inovação, é preciso romper com os modelos de gestão tradicionais, hierarquizados. Flexibilidade passa a ser palavra-chave no ambiente corporativo. Isso implica em tolerância ao erro e a permissão de novos questionamentos para a abordagem de problemas, simples ou complexos.

Não adianta querer ter o olhar no futuro e manter-se fiel a padrões rígidos e burocracia. É preciso aprender a descentralizar, delegar, permitir novas ideias. Uma lufada de ar fresco e renovado vinda de diferentes visões que encontra espaço para se apresentar como sugestão. Diferentes olhares, diferentes visões sobre uma mesma questão. Se cada um de nós é diferente, porque não aproveitar essas diferenças na resolução de um problema?

Empresas, soltem as amarras e permitam-se inovar!

*Por Marta Gucciardi, Mentora de Negócios associada à ABMEN. Especialista em Comunicação e Cultura Organizacional.

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