O amadurecimento do modelo de negócios das fintechs de crédito

Iniciativas regulatórias combinadas à adoção dos canais digitais pelos brasileiros foram muito relevantes para o setor

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por ABCD
12:37 pm - 15 de julho de 2022

Desde que começaram a ganhar espaço no mercado de crédito brasileiro, as fintechs têm demonstrado fôlego inesgotável para se adaptar às necessidades dos clientes e também para superar as incertezas do momento. Por meio de processos baseados em tecnologia e inteligência, as fintechs podem oferecer alternativas mais alinhadas aos diferentes perfis dos tomadores de recursos financeiros, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.

O resultado dessa movimentação se reflete no aumento do montante concedido no ano passado, quase o dobro do registrado em 2020, conforme revela a mais recente edição da Pesquisa Fintechs de Crédito Digital, feita em parceria entre a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e a PwC Brasil. 

Para além dos mais de R$ 12 bilhões viabilizados e do crescimento anual médio de 233% nas carteiras das fintechs pesquisadas, o estudo demonstra também que houve um importante amadurecimento no modelo de negócios das startups do gênero no período analisado. 

Segundo o levantamento, 74% das fintechs participantes consideram estar em fase de consolidação e expansão – há dois anos, o índice era de 49%. Outros dados reforçam a robustez do segmento: o percentual de fintechs com mais de 300 colaboradores foi de 9% em 2019 para 18% em 2021. Além disso, 40% das participantes da pesquisa se encontram em processo de consolidação, o que significa que têm clientes, estão validadas pelo mercado e apresentam um faturamento anual/investimento total acima de R$ 20 milhões. 

São várias as razões capazes de explicar o avanço da atuação das fintechs de crédito mesmo durante a pandemia, segundo a pesquisa. As iniciativas regulatórias, que possibilitaram o aumento da competição e a chegada de novos players ao mercado, combinadas à adoção dos canais digitais pelos brasileiros foram muito relevantes para os resultados obtidos. 

Com a evolução do Open Finance, a tendência, indicam as conclusões do levantamento, é que as fintechs de crédito tragam ainda mais inovações disruptivas ao setor de crédito brasileiro, em um movimento constante de aperfeiçoamento. Afinal de contas, rapidez na resposta, menos burocracia e facilidade nos processos e, sobretudo, taxas de juros competitivas já são uma realidade para os clientes, que vão demandar cada vez mais de todas as instituições financeiras. E as fintechs já provaram que estão prontas para responder ao chamado. 

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