Gestão da mudança: processo de digitalização cobra lideranças ativas

O que os líderes precisam ter em mente durante o processo de digitalização das organizações?

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12:37 pm - 01 de abril de 2021

Para começar esse novo artigo, acredito que seja imprescindível voltar ao ano de 2020. Na minha opinião, esse foi o ano em que podemos dizer que fomos todos forçados a parar e refletirmos sobre nossas vidas, relações interpessoais e, obviamente, nossos negócios.

Em 2021, a tendência de repensar valores e missões de vida e de empresa se tornam ainda mais latentes e por isso caminhamos para uma era de mudanças estruturais e irreversíveis do ponto de vista dos líderes e empreendedores brasileiros.

Isso porque noto que a parte da criação, estabelecimento e expansão da Cultura Organizacional se tornam a base para qualquer negócio que deseja se manter e ganhar destaque em seu respectivo mercado no Brasil. Como sempre estou atento ao que acontece nas empresas nacionais, procuro bater longos papos com diferentes tipos de empreendedores e percebo uma grande mudança nos ritos culturais dentro de cada uma das organizações.

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Para se ter uma ideia, essa semana mesmo, ao conversar com o dono de uma das maiores redes de farmácias brasileiras, discutimos o fato de que o grande desafio de qualquer empreendedor há alguns anos era desenvolver ou obter os melhores sistemas ou tecnologias. Tais demandas já caíram por terra há certo tempo (isso porque se tornaram itens essenciais para a sobrevivência de uma empresa) e, daqui em diante, o desafio é estruturar a cultura de seu negócio e, obviamente, criar um legado de valores que mantenham a empresa coesa e firme, principalmente em momentos de crise.

Para as novas gerações de gestores e líderes, a grande missão é como conseguir enraizar tais culturas. Para que isso dê certo, é preciso que todas as diretrizes venham de cima para baixo, ou seja, que o CEO, fundador ou dono da empresa dê, literalmente, o exemplo. Que ele seja capaz de repetir ritos que sejam imprescindíveis para seus colaboradores. É preciso que esse novo gestor seja capaz de não só ensinar, mas promover um ambiente onde seja possível testar, errar e, claro, ter livre acesso à criatividade.

Para finalizar, quero chamar a atenção ao fato de que, atualmente, muitas empresas criaram as chamadas “áreas de inovação”, sem que elas façam, na prática, o nome que levam. Por isso, muito mais que apenas dar nome, é preciso criar conexões genuínas entre a cultura da empresa e seus colaboradores, para que o ambiente inteiro da empresa se torne inovador e criativo (e não apenas uma área).

Até mesmo porque sabemos que todos os envolvidos no negócio, desde o estagiário, passando pelas áreas de marketing, vendas, desenvolvimento de produtos e o CEO, precisam ter a consciência de quem está no centro e no poder do consumo: o cliente. É ele que dita a regra do jogo a cada dia mais. Só que para que exista cliente é preciso existir uma empresa e para isso é fundamental consolidar as bases da cultura que vão direcionar as ações internamente, como gosto de dizer a cultura é “o que tem que fazer sentido quando nada mais parece fazer”. Você tem cuidado da cultura da sua empresa?

*Gustavo Caetano é CEO da Sambatech e Samba Digital

 

 

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