Framboesa o Minicomputador Maker

Muitos ainda não ouviram falar de MINICOMPUTADORES mas, eles já estão entre nós há quase uma década. Você já ouviu falar de Raspberry Pi ou em português, Framboesa PI?

O Raspberry Pi, foi lançado em 2012 e, é uma série de computadores de placa única do tamanho de um cartão de crédito, que se conecta a um monitor de computador ou TV, e usa um teclado e um mouse padrão, hoje desenvolvido no Reino Unido pela Fundação Raspberry Pi.

Todo o hardware é integrado numa única placa: som, vídeo, wifi e bluetooth, processador quadcore e GPU. Ele utiliza um cartão tipo SD card para armazenamento do S.O, programas e arquivos, não precisando assim dos “Imensos!” Hdds.

O principal objetivo é promover o ensino em Ciência da Computação básica em escolas, inclusão e empoderamento social, e, sendo multiplataforma, utiliza o Linux como principal sistema operacional.

Em 2006, os primeiros conceitos do Raspberry Pi foram baseados no microcontrolador Atmel ATmega644. Nesse tempo, seus esquemas e layout de PCB ficaram disponíveis ao público.  Eben Upton, criador da “criança”, reuniu professores, acadêmicos e admiradores da computação para criar um computador que motivasse os alunos nas escolas à desenvolverem algo criativo.

O computador é inspirado da Acorn BBC Micro de 1981 – Modelo A, Modelo B e Modelo B+ . São referências aos modelos originais do computador BBC Micro britânico, desenvolvido pela Acorn Computers. A primeira versão de arquitetura ARM do Raspberry Pi, foi montado em um pacote do mesmo tamanho de uma memória stick USB. Tinha uma porta USB, em uma extremidade, e uma porta HDMI, na outra.

No ultimo dia 9 de março, promovemos em nossa sede em Osasco – SP, a Raspberry Jam Birthday SP, evento que normalmente reúne curiosos e aficionados pela plataforma. Foi a nossa segunda edição.

Quando trouxe esse evento para o Brasil, pensei em divulgar entre os makers essa fantástica ferramenta que, descobri em 2013 e, utilizo para dezenas de projetos!

Estamos ainda muito atrasados no Brasil em relação a utilização desta tecnologia, e, que na Europa, já é bastante utilizada nas escolas com projetos até na estação espacial “AstroPi“, onde alunos podem ser cientistas espaciais por um dia!

Este pequenino computador tem as GPOIs, que são pinos que lembram as antigas interfaces IDE dos PCs, mas que apenas tem a mesma quantidade de pinos, pois as aparências ficam por ai. As GPIOs são portas de comunicação de entrada e saída, onde podemos ligar botões, Leds, sensores, motores, etc. Isso tudo, faz do Raspberry Pi uma potente ferramenta de criação para prototipagem!

Se você fizer uma busca na internet, vai encontrar Arcades (máquinas de jogos) como resposta para pesquisa com “Raspberry PI”, isso por que ele é ideal para quem quer utilizar emuladores de jogos antigos, pois tem uma GPU (processador gráfico) independente da CPU!.

Confesso que, minha primeira experiência com ele foi montando uma Arcade, para relembrar os bons e velhos tempos de Fliperama!

Hoje, entre braços robóticos, AIY, e até uma câmera fotografia Retro (transformada em digital), passo boas horas, projetando, programando e os exibindo em eventos. O “Rasp” passou a ser uma grande plataforma em meus projetos. Tenho mais de uma dezena deles em meu laboratório!

Deixando o entusiasmo de lado, a questão é: O que as empresas podem fazer com ele, já que foi desenvolvido para prototipagem amadora?

Um exemplo recente é o da Sony, que utilizou o “Rasp” para aumentar a produtividade de uma de suas fábricas. Os Pi’s estão sendo usados ​​para monitoramento de equipamentos.

“Isso nos tornou mais competitivos”, diz Kevin Edwards, diretor de engenharia da principal fábrica da Sony em Pencoed, no País de Gales.

Esta fábrica, desenvolve dispositivos para remoção de pêlos e, câmeras de transmissão de US $ 50 mil para a Sony, além do próprio Raspberry Pi e, instalou 60 aparelhos em torno de sua instalação branca reluzente, cada um do tamanho de um maço de cartões.

Se grandes corporações, já descobriram o quanto podem ganhar com o Raspberry Pi, imagine o que os pequenos podem fazer?

Nesse momento estou desenvolvendo um protótipo para um cliente da indústria medicinal e, já tenho consultas para outros projetos de áreas completamente diferentes!

Seja assim, para diversão, aprendizagem, hobby, ou prototipagem industrial, os minicomputadores vieram para alegrarem ainda mais, a vida dos Makers!