Como reduzir custos de infraestrutura e operações neste momento de retomada

Por Lauro de Lauro

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por ABES
12:15 pm - 31 de julho de 2020

A realidade da economia Brasileira na retomada pós pandemia exige uma revisão dos custos associados às atividades de Tecnologia da Informação. Muitos CIOs, gerentes de infraestrutura e operações acreditam que já conseguiram uma significante redução de seus custos de infraestrutura e operações com:

  • A padronização, que facilitou a administração de fornecedores e o treinamento da mão-de-obra;
  • A consolidação, que liberou ativos e melhorou a eficiência, a gestão e o controle;
  • A virtualização, que melhorou significantemente os investimentos em ativos, otimizou a infraestrutura e obteve maior flexibilidade.

Mas muito ainda pode ser feito para diminuir ainda mais os custos e, principalmente, ganhar agilidade: em nossos estudos verificamos que as empresas que ainda não adotaram uma estratégia de computação em nuvem têm um custo total de infraestrutura e operações 35% superior em relação as que adotaram.

Uma boa forma de entender como simplificar os custos de infraestrutura e operações é dividi-los em ambiente físico, administração (gerenciamento e pessoal) e licenciamento.

Ambiente físico

Para entender os custos do seu ambiente físico, podemos quebrá-lo nos três principais itens:

  • Computação, que representa aproximadamente 50% dos custos. Uma redução de 20% neste item produz uma redução de 10% do custo total.
  • Armazenamento, que representa aproximadamente 35% dos custos. Controlar o que é armazenado é uma boa forma de reduzi-lo.
  • Rede, que representa 15% dos custos.

Adotar uma estratégia de migração do seu ambiente físico para IaaS em nuvens públicas é uma excelente forma de alcançar redução de custos nos três itens computação, armazenagem e rede. Elas devem ser capazes de oferecer, no mínimo, 8% de redução em relação ao seu ambiente físico, pois toda sua estrutura de custos está baseada em compartilhamento, escala e alto volume.

Administração

Está relacionado aos custos de operações são determinados pelo design das aplicações, o ambiente físico onde está hospedado, o planejamento e controle das capacidades, os requisitos de desempenho e, principalmente, do capital humano necessário para operar e suportar o ambiente e as aplicações.

Este é o item onde a grande maioria dos CIOs e gerentes de infraestrutura e operações das pequenas e médias empresas encontram a maior dificuldade em apurar seu custo e, por muitas vezes, não conseguem reduzi-lo. As despesas com pessoal ou empresas terceirizadas são significativas e tendem a dominar os custos totais da administração de TI.

É possível alcançar reduções de custos superiores a 23% contratando a gestão da infraestrutura, sistemas operacionais e gerenciamento de segurança utilizando um provedor de serviços de nuvem pública. Bem como ganhar agilidade focando a capacidade de gestão e atendimento nas aplicações e suportando os desafios do negócio.

Licenciamento

As despesas com licenciamento de software e subscrições são uma parte significativa do custo de TI.

O primeiro implica em mantê-lo atualizado e pagar renovações anuais da subscrição. Contratar uma licença de software na modalidade de pago pelo uso, ofertada pela maioria dos provedores de nuvem, é uma excelente forma de reduzir custos com investimentos e depreciações. As alternativas de código aberto também devem ser consideradas.

Além da modalidade de pago pelo uso, os provedores nuvem, normalmente, incluem muitas ferramentas para monitorar e operar seus ambientes de IaaS, que proporcionam economias significativas de custos nos processos operacionais. A redução dos custos com licenciamento, quando contratado em um provedor de nuvem, são superiores a 4%.

Recomendações

  • Tenha em mente os três princípios para redução de custos em infraestrutura e operações: economia de escala, modernização e produtividade da equipe;
  • Adote computação em nuvem como escolha estratégica na redução de custos;
  • No seu processo de migração, inclua ofertas de provedores de nuvem (IaaS) visando agilidade e optimização de custos;
  • Adote o autosserviço sempre que possível;
  • Considere a contratação de uma empresa especialista para auxiliar na análise, projeto e construção do seu ambiente de nuvem;
  • Reveja compromissos contratuais com seus fornecedores, evitando contratos de longo prazo com multa por saída antecipada;
  • Faça tudo que puder para conter os custos.

 

* Lauro de Lauro é empreendedor e apaixonado por tecnologia. Como investidor, consultor e diretor de empresas, a mais de 35 anos combina o conhecimento tecnológico, a experiência comercial e de marketing para inovar e acrescentar valor. Possui em seu currículo atuação como Diretor de Serviços na Sky.One, Diretor de Marketing na ABES – Associação Brasileira da Industria de Software, Diretor de Marketing de Produtos no UOL DIVEO, fundador da Dualtec Informática S.A. e Chief Technology Officer (CTO) da Agência Estado (S.A. O Estado de São Paulo). Palestrante e debatedor, sobre transformação digital, cloud computing e SaaS é entusiasta de metodologias ágeis, possui diversos white papers escritos. Lauro cursou física na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

 

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