Como o desemprego pode afetar o desenvolvimento profissional

Com o alto número de pessoas sem colocação no mercado de trabalho, problemas como falta de confiança e desânimo podem atingir milhões de profissionais

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8:04 pm - 06 de junho de 2019
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O mercado de trabalho está em constante mudança, buscando profissionais mais qualificados, dinâmicos e que saibam realizar multitarefas. Ao mesmo tempo, o país enfrenta um período de recessão econômica, queda de contratações com carteira assinada e fechamento de postos de trabalho, sem contar a ascensão deletéria da tecnologia e da transformação digital, além do aumento do empreendedorismo – muitas vezes a única opção para quem pretende acompanhar justamente essas transições. Infelizmente, aqueles que não se adequam à essas mutações ou que não têm condições de investir em uma formação de qualidade, enfrentam o fantasma que muitos brasileiros estão a encarar: o desemprego.

De acordo com resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril deste ano, o número de pessoas que entraram para grupo de desempregados do país no primeiro trimestre de 2019 ultrapassou a marca de 1,2 milhão, chegando a um total de 13,4 milhões de pessoas sem trabalho, um índice de 12,7% na taxa de desocupação.

Os dados também apontam que a taxa de subutilização da força de trabalho foi de 25%, a maior desde 2012, registrando mais de 1,5 milhão de pessoas que passaram a se encaixar nessa condição. Diante desses números, podemos ver o quanto os profissionais têm se prejudicado diante do desemprego. Mas como ele os afeta?

Perder o emprego, por si só, já é motivo de sofrimento e desespero. Porém, quando a situação se perdura por muito tempo, o profissional precisa ir em busca de alternativas para se adequar ao período de crise e recessão que o país enfrenta. Ou seja, muitas vezes, ele se vê obrigado a abrir mão de sua carreira ou mesmo mudar de atividade, aceitando outros tipos de trabalho e regimes de contratação.

Nesses momentos, a pessoa acaba por perder suas referências, já que precisa largar a carreira dos sonhos para garantir a sobrevivência, aceitando ocupações com uma carga horária massante e pesada. Assim, o trabalho passa a perder o sentido e passa ser um fardo, causando impactos não só na vida pessoal do indivíduo, mas também na de seus colegas de trabalho, familiares e amigos. A pessoa trabalha carregando consigo uma espécie de sentimento de culpa, ao mesmo tempo em que também se sente impotente diante de tal situação, pois pensa ter falhado no “meio do caminho” e agora aceita qualquer emprego para sobreviver diante da crise.

Desemprego x infelicidade no trabalho

Com este cenário, tendo que se adaptar ao mercado e apostar em novas carreiras, muitos podem ficar infelizes com o trabalho e, em alguns casos, até mesmo desenvolverem depressão e ansiedade – conhecidas como as doenças do século. Como eu sempre falo, trabalhador infeliz gera menos resultados, cria um ambiente de competição na equipe, entre outros diversos problemas. Dessa forma, o profissional de sente incapaz, fracassado e sem perspectiva para continuar.

Contudo, para aqueles que estão desempregados e desejam ainda conquistar uma vaga na área desejada, a minha dica é investir em cursos de desenvolvimento humano e profissionalização – hoje já encontramos várias opções online e gratuitas para intensificar o currículo. Além disso, é preciso entender que o desempregado também tem a rotina de procurar a sua recolocação no mercado de trabalho. Então, acorde em um horário adequado, tome o seu café e comece a sua jornada de trabalho, buscando networking e novas vagas. A sua hora, com certeza, vai chegar, se você fizer acontecer!

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