TI vive o desafio de manter talentos no Brasil
A maioria dos setores de RH, sofrem com o desenvolvimento de habilidades para que os profissionais continuem nos cargos que ocupam
O mundo da TI tem lá as suas peculiaridades, e uma delas está no desafio em manter os talentos engajados dentro das empresas. Mesmo com muitos profissionais à disposição, a alta rotatividade do segmento causa alguns impactos.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia e Comunicação (Brasscom), nos próximos anos ocorrerá o aumento de 30% nas contratações de profissionais de TI, o número chama a atenção nas empresas que buscam colaboradores qualificados. Ao mesmo tempo, os profissionais continuam dinâmicos e em busca de melhores oportunidades no Brasil e no exterior. Para que isso não se torne um hábito é necessário a transformação do cenário.
Como forma de engajamento e motivação as empresas precisam reformular o ambiente de trabalho, dando mais autonomia, possibilitando um ambiente mais jovem e dinâmico, além de melhorias nas condições e aperfeiçoamento do real valor da tarefa que vem sendo executada, e não só pelo lucro ao final do mês. Isso se chama propósito.
Pensando em reformulação, algumas empresas vêm oferecendo formas de trabalho diferentes para tentar diminuir a rotatividade nas empresas. Dentre elas, permitir mais liberdade na jornada de trabalho, home office ou até mesmo novos modelos de contratação, como ‘freelancers’ de TI. Possibilitando, que os profissionais de TI executem suas atividades com comprometimento e liberdade, sem prendê-lo em um único local de trabalho.
Começar certo é importante, por isso, no ato da contratação, as expectativas de ambos devem estar alinhadas, pois o colaborador precisa estar em sintonia com o formato de trabalho da empresa, os valores oferecidos e o propósito.
Por meio da afinidade entre empresa e funcionário, a chance de manter o talento por mais tempo na organização é maior, demonstrando o valor do trabalho realizado, gerando segurança e satisfação para o colaborador.
Para seguir as novidades do mercado, as empresas têm como alternativa o incentivo à capacitação, por exemplo a ajuda remunerada em cursos ou fóruns que possam acrescentar no currículo do colaborador; ações internas, como feedbacks constantes, destaques do mês ou até almoços em equipe para abordar a satisfação com a empresa são importantes para aproximação.
Em um mercado altamente competitivo e com o objetivo de convencer os profissionais do setor que cresce 10% ao ano, as empresas de TI precisam gerar respaldo interessante para que os talentos se sintam incentivados, apoiados e seguros para realizar suas expertises. O que você tem feito ao respeito?
*Frederico Queiroz é CEO da NetSupport. Com atuação de 20 anos no mercado, fundou em 2014 a NetSupport, plataforma digital para solução de problemas em TI.