YouTube é principal plataforma de apoio para estudantes de TI, indica estudo

LinkedIn e Instagram também são usados frequentemente, segundo levantamento da Alura e da Vox

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6:30 pm - 08 de fevereiro de 2023
YouTube, desinformação, desinformação climática Foto: Shutterstock

O YouTube é a plataforma mais popular entre os estudantes de tecnologia, concluiu um novo estudo da Alura, feito em parceria com o instituto de pesquisa VOX We Study People. Segundo o levantamento, feito com 700 estudantes de tecnologia, 70% deles recorrem ao YouTube para buscar conteúdos de TI, seguido do LinkedIn (44%) e Instagram (24%).

O YouTube segue ainda como plataforma preferencial de 30% dos respondentes para buscar conteúdos de TI avançados, seguido do Google (27%), do portal Stack Overflow (20%) e da escola de tecnologia Alura (14%).

Na visão de Dora Faggin, diretora de pesquisa da VOX, a popularidade do YouTube se justifica pela rapidez com que os conteúdos circulam. “Como esse é um mercado que se transforma constantemente, é necessário monitorar essas inovações, tais como uma nova forma de usar determinada linguagem ou uma nova ferramenta. A depender da posição que essas pessoas estão ou nível de responsabilidade do cargo, é mandatório estar por dentro dessas atualizações e o YouTube acaba sendo uma forma fácil de acessar e verificar se essas transformações são relevantes”, pontua.

O estudo também traçou um perfil dos alunos. Dos respondentes, 6 em cada 10 já estão trabalhando na área de TI. Dos 4 que não atuam na área, 2 estão em transição de carreira, enquanto os demais são estudantes que ainda não atuam profissionalmente. Dos respondentes que ainda trabalham fora da área, a maior parte está ocupando cargos na área administrativa (44%), engenharia (20%), comunicação e informação (11%), dentre outras.

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Outro recorte do estudo revela que mais de 80% dos respondentes ocupam cargos de especialista na área de TI, enquanto 17% ocupam cargos de gestão ou liderança. Dentro desse universo, a posição desses profissionais se divide entre júnior (29%), pleno (25%) e sênior (22%). A maior parte dos respondentes classifica o seu conhecimento sobre a área como básico (30%) ou intermediário (31%).

Graduação e liderança

Na análise de Paulo Silveira, CEO da Alura, o estudo aponta uma uma dor muito grande do mercado de tecnologia: o desenvolvimento do profissional de tecnologia. “Algumas empresas buscam insistentemente por pessoas com larga bagagem profissional e se esquecem que o júnior de hoje é o sênior de amanhã. Cabe às empresas decidirem se querem somente competir pelos tão disputados talentos sêniores do mercado ou se estão dispostos a desenvolverem os novos profissionais do mercado. A pesquisa ainda revela que a grande maioria dos profissionais que estudam tecnologia estão entre o básico ou intermediário, reforçando a urgência de criarmos ambientes de aprendizado e evolução dentro das empresas”, pondera Silveira.

A graduação formal também se mostra uma ambição para a maioria (46%) dos respondentes que afirmam ter interesse em cursar nível superior na área de tecnologia à distância a curto ou médio prazo. Nesse sentido, Silveira destaca a importância da graduação para aqueles que buscam cargos de liderança.

“A formação universitária continua sendo relevante, principalmente para que os profissionais continuem se desenvolvendo na carreira e busquem cargos e posições mais altas nas empresas. A faculdade é uma das principais possibilidades para que pessoas de tecnologia possam encontrar profundidade em seus estudos. Em vez de se tornarem reféns de suas ferramentas, frameworks e linguagens, elas passam a entender realmente o que acontece por trás dos panos. Esse entendimento é um passo fundamental para a senioridade”, avalia.

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