Qual é a verdade sobre a computação quântica?
Professor da Universidade do Texas compartilhou insights sobre a natureza e as potenciais aplicações dessa tecnologia revolucionária
No palco do SXSW, que acontece nesta semana em Austin, nos Estados Unidos, Scott Aaronson, professor da Universidade de Austin, desvendou os mistérios da computação quântica, revelando detalhes – muitas vezes até muito técnicos – sobre um dos campos mais fascinantes da ciência moderna. Com mais de 25 anos de pesquisa e dedicação ao tema, Aaronson compartilhou insights sobre a natureza e as potenciais aplicações dessa tecnologia revolucionária.
Para compreender a computação quântica, segundo ele, em primeiro lugar, é essencial entender a mecânica quântica. “É uma generalização das probabilidades”, simplificou Aaronson. “Pense na probabilidade de chover. Não há chance negativa. Para calcular a probabilidade, é necessário calcular a amplitude.” Na mecânica quântica, a regra fundamental é a amplitude de cada padrão, e a interferência entre esses padrões é crucial para determinar os resultados.
Aaronson esclareceu ainda que um computador quântico não é simplesmente um supercomputador paralelo massivo. Embora possa gerar suposições para solucionar problemas exponenciais, é fundamental incluir todas as possíveis respostas para obter resultados significativos. “Qualquer esperança de aceleração resulta em uma coreografia na interferência dos padrões que aumenta a amplitude da resposta correta”, enfatizou o pesquisador.
Quanto às aplicações práticas da computação quântica, Aaronson destacou algumas áreas promissoras: quebrar a criptografia de chave pública atual, e simular fenômenos da física quântica e química.
Embora Aaronson tenha mencionado avanços modestos e a longo prazo nessas áreas, ele também expressou otimismo sobre o potencial futuro da computação quântica. “Quem sabe o que o futuro reserva?”, provocou ele.
Alguns especulam que a computação quântica em breve substituirá completamente a computação clássica e revolucionará áreas como aprendizado de máquina, finanças e medicina. Aaronson, no entanto, enfatizou que tanto os pessimistas quanto os otimistas estão provavelmente errados. “A verdade é muito mais sutil e interessante”, concluiu ele, “mas explicá-la requer mais do que algumas frases”.
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