TIM evolui papel da TI na maior operação de aquisição do setor
Projeto de migração de ativos da Oi Móvel rendeu à CIO da TIM, Auana Mattar, o prêmio Executiva de TI do Ano 2023
A compra do serviço de telefonia móvel da Oi, em 2022, pelo consórcio formado pelas operadoras TIM, Vivo e Claro, é considerada a maior operação de M&A do setor de telecomunicações do País. Por sua grandiosidade, a aquisição trouxe diversos desafios a cada parte envolvida.
No caso da TIM, que ficou com a maior parte dos ativos da concorrente – espectro e base de clientes – foi ainda mais desafiador. O plano de migração não somente foi bem executado, como rendeu à Auana Mattar, CIO da TIM Brasil e líder do projeto M&A Oi -Aquisição da Oi Móvel, o prêmio Executiva de TI do Ano de 2023, na categoria Indústria digital – TI e Telecom.
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Para ela, comunicação e empatia foram cruciais para garantir a efetividade de todas as especificações e qualidade do projeto. “Sem clareza na comunicação diária, o trabalho não funciona. E ter empatia é uma regra importante no relacionamento com as pessoas”, afirma Auana.
Tais pilares já eram priorizados pela CIO em sua rotina liderando uma equipe de mais de 500 pessoas. Ela acumula mais de 20 anos de experiência, trabalhando com projetos de transformação digital e evolução tecnológica contínua da operadora.
Evolução da TI
O projeto M&A Oi – Aquisição da Oi Móvel foi realizado em três fases, ao longo de 12 meses, no mesmo período em que a TIM lançava o 5G no Brasil de forma pioneira. Segundo Auana, foi um período de evolução da TI da operadora, que atuou junto às demais áreas como parceira na geração de valor para a companhia. “Foi um grande desafio para a operadora, mas realizamos com sucesso, antecipando etapas e colocando os clientes como prioridade em todo o processo”, conta.
O desafio incluiu a migração de 16 milhões de clientes da Oi para a TIM – que levou 7 meses para ser concluída –, bem como o mapeamento, especificação e configuração de todas as ofertas existentes na base ativa da operadora adquirida nos sistemas da TIM. A primeira fase foi concluída em junho de 2022, com a liberação da rede da TIM para os novos usuários.
Em seguida, foi feito o desligamento da rede Oi e, na sequência, a integração sistêmica, quando a tarifação e a emissão de contas, por exemplo, passaram a ser feitas pela TIM. Os clientes foram comunicados previamente sobre as mudanças, nos prazos determinados, e tudo ocorreu de forma automática.
O processo foi totalmente concluído em abril de 2023, proporcionando uma migração “transparente”, ou seja, com zero impactos para a experiência dos clientes. Foram mais de 87 mil combinações de ofertas criadas nos sistemas e atribuídas aos clientes.
“O projeto foi conduzido em modelo ágil, com atuação das áreas de negócio em sinergia total com a tecnologia. Também foram feitas reuniões executivas semanais entre a direção das quat4ro operadoras, para acompanhar a evolução do projeto e resolver eventuais temas que o grupo não conseguisse tratar no nível das squads”, relata a executiva. Com orgulho, a CIO diz que garra, foco, objetivo único e transparência foram a base que sustentou todas as equipes envolvidas na TIM no projeto de M&A da Oi.
*Texto originalmente publicado na 29ª edição da Revista IT Forum, disponível aqui.
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