Startup brasileira Buser, de frete de ônibus, receberá aporte do SoftBank

Ao menos R$ 300 milhões serão investidos em marketing, desenvolvimento tecnológico e expansão dos negócios pelo país

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11:12 am - 07 de outubro de 2019

A startup Buser anunciou nessa segunda (7) uma rodada de investimentos envolvendo o grupo japonês SoftBank e os fundos de investimento Canary, Valor Capital e Monashees, além do Grupo Globo.

Apesar de a companhia não ter declarado o valor total levantado, já anunciou que investirá R$ 300 milhões em campanhas de marketing, desenvolvimento de tecnologias e expansão da área de atuação dentro do Brasil.

Fundada em 2017, a Buser conta com um modelo de negócios que une passageiros a operadoras de ônibus.  Funciona assim: você acessa o site da plataforma e escolhe um destino de ida e volta. Caso o trajeto também interesse outras pessoas, uma companhia de ônibus pode se oferece para realizar o transporte em ambos os momentos.

A companhia afirma que, neste modelo, os passageiros conseguem uma economia de até 60% com relação a uma viagem tradicional, com a passagem comprada em rodoviária e já marcada. Como forma de gerar lucro, a startup cobra uma taxa de até 35% de cada viagem para o operador de ônibus, dependendo do número de passageiros do veículo — quanto mais vazio, menor o valor.

 

Novas viagens, novos negócios

Atualmente, a Buser conta com 250 mil passageiros e atua em 50 cidades espalhadas em oito estados, sendo que o tíquete médio por viagem fica em 100 reais. Falando de parcerias, a marca trabalha com cerca de 40 empresas de ônibus executivos, com uma frota total de 100 veículos.

Comparando os resultados de setembro deste ano para o mesmo período em 2018, o negócio da companhia cresceu cerca de 15 vezes. E a empresa espera seguir com esse ritmo em 2020.

Apesar do crescimento do negócio (ou, provavelmente, por causa dele), a Buser precisa enfrentar questões jurídicas, além das de mercado. Como o modelo de negócios conflita com o formato de viagens de ônibus criado pelas viações tradicionais, as companhias acusam a startup de realizar o transporte clandestino de passageiros.

As questões legais envolvendo a empresa já estão no Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeito uma liminar para barrar o serviço e permite que a empresa funcione até que o julgamento do caso seja feito na instância superior.

Nesse meio tempo, a empresa está crescendo: planeja quintuplicar o número de funcionários e, a médio prazo, usar parte do investimento para fazer testes no transporte municipal, operando linhas fixas dentro de cidades de pequeno porte.

 

* Com informações do Estado de S.Paulo e Exame 

 

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