Softline desembarca no Brasil com planos ambiciosos

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3:57 pm - 22 de outubro de 2014
Softline desembarca no Brasil com planos ambiciosos
A Softline anunciou nesta quarta-feira (22/10), durante evento realizado em São Paulo, a abertura de dois escritórios da companhia no Brasil. As unidades, que ficarão em São Paulo e em Salvador, serão responsáveis por gerir os negócios da companhia no País, que investirá US$ 20 milhões na operação local nos próximos três anos. De acordo com o diretor de Marketing para o Brasil, Roger Melo, a capital baiana foi escolhida por ter uma demanda reprimida de serviços, o que cria uma excelente oportunidade. Já São Paulo foi selecionada por centralizar as grandes companhias do mercado e por seu caráter corporativo. 

Na última década, a companhia obteve crescimento superior a 40% em todos os anos. Em 2013, faturou US$ 950 milhões, e espera ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão até o final deste ano. Segundo o vice-presidente da companhia, Igor Petlyakov, a estratégia para o mercado local manterá o forte ritmo dos últimos anos. 

Presente em 27 países e com 79 escritórios, a Softline aposta no mercado latino-americano, com Brasil e México como países-chave na estratégia de expansão da companhia, que trabalha com soluções fim a fim incluindo infraestrutura, cloud, virtualização, segurança, mobilidade e data center. Na América Latina, a companhia já opera na Argentina, Peru, Colômbia, Venezuela, Chile e Costa Rica. Para o próximo ano, a expectativa é iniciar as operações no México.

A companhia quer chegar ao final de 2017 com mais três escritórios em pontos estratégicos do País, o que fará a receita da companhia proveniente do Brasil saltar dos US$ 15 milhões previstos para o final do ano fiscal da companhia (em março de 2015) para US$ 90 milhões, visto que parte do lucro obtido será reinvestido na operação local.  

Parceira das grandes fabricantes do mercado de TI, como Microsoft, VMware, Oracle e Citrix, a empresa utilizará o data center da Microsoft no Brasil, apesar de possuir sua própria estrutura na Rússia. “No Brasil, trabalharemos nos posicionando como uma provedora de soluções de negócio, usando a tecnologia como base e infraestrutura para fazer as empresas crescerem e economizarem. Alinhamos toda a operação para ter a execução com todos os parceiros no Brasil. Queremos oferecer competitividade para o cliente para que ele se torne mais produtivo”, explica Melo.

Ainda sem um country manager definido, a operação nacional está sob a gestão do gerente de desenvolvimento de negócios, Demian Gil Mariño. De acordo com Melo, o executivo que assumirá o cargo deverá ser anunciado no começo de 2015. Ele será o responsável por gerenciar todo o andamento e a estratégia da operação no mercado local, já que a empresa prefere ter equipes inteiramente locais para gerenciar as atividades em linha com o mercado. 

“A estrutura da empresa no País será completa, com vendedores, equipes de pré e pós-venda. Também teremos especialistas de marketing em cada um dos escritórios para que ele entenda as necessidades locais de cada cliente, além de gerentes de projetos e arquitetos para trabalhar nas soluções”, detalha Melo.

O executivo ainda destaca a oportunidade de desenvolver melhor o mercado de cloud no Brasil ao ressaltar a expertise da companhia em vender esse tipo de serviço para cada um dos clientes, sejam eles PMEs ou grandes corporações. Inicialmente, no entanto, a companhia focará inicialmente nos negócios de médio porte.

“Queremos entender o que as empresas precisam para oferecer as melhores soluções. No Brasil não temos um legado do passado em cloud. Podemos fazer uma abordagem diferenciada dos demais parceiros, oferecendo soluções para nuvem e já com todas as vantagens que ela traz”, relata Melo. 

Apesar de ser uma estratégia comum no mercado, a Softline não irá adquirir, inicialmente, uma empresa local para obter mais visibilidade e aceitação no mercado. Segundo Petlyakov, a companhia seguirá apostando no crescimento orgânico. “Conseguimos crescer organicamente. No futuro, pode ser que haja alguma aquisição, mas agora, isso é algo que não planejamos fazer. Crescemos devagar, mas é a maneira que pretendemos fazer”, conclui Petlyakov.
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