Selena Gomez e Solomon Thomas falam sobre saúde mental no SXSW

Expor sentimentos pode ser libertador, segundo as celebridades

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10:56 am - 11 de março de 2024
Selena Gomez no SXSW

Selena Gomez, cantora e atriz, e Solomon Thomas, jogador de futebol americano, participaram do SXSW, no último domingo. As celebridades estiveram no painel “Atenção plena acima da perfeição: sendo honestos sobre saúde mental”, junto com a psicóloga clínica Jessica Stern; o psicoterapeuta e coach Corey Yeager; e Mandy Teefey, mãe de Selena e CEO da Wondermind, ecossistema de “mental fitness” que fundou com a filha.

“Quando assumi que tinha não tinha tido um dia bom, que podia ter crises de ansiedade, outras pessoas vieram dividir comigo seus problemas, encontraram apoio”, contou Selena. “Senti que valia me expor por esses depoimentos”.

Em 2022, a artista lançou um documentário sobre sua saúde mental intitulado “My Mind & Me”. Segundo Selena, esse foi o ponto de partida para deixar de ter medo de falar sobre a sua saúde mental. “Não tinha mais que esconder. Ajudou a me liberar de muita ansiedade de falar quando eu estou tendo um dia ruim ou preciso de um tempo.”

Ainda assim, Selena acredita que falar ou não sobre a saúde mental é uma escolha pessoal. “Não dá para convencer ninguém a falar sobre saúde mental. Ela precisa estar pronta. Às vezes tem que atingir o fundo do poço para finalmente se abrir. Existe a hora certa para se fazer vulnerável e começar o trabalho de reconstrução.”

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Já para o jogador da NFL, as discussões sobre saúde mental passaram a acontecer após sua irmã cometer suicídio. Ele diz, inclusive, preferir o termo “morrer de suicídio”, uma vez que os transtornos mentais devem ser tratados como outras doenças.

Após a morte de sua irmã, o atleta entrou em depressão e começou a ter pensamentos suicidas. Ainda que sua mãe o incentivasse a falar sobre isso, ele não se sentia pronto. Entretanto, após falar sobre sua irmã e receber comentários agradecendo, começou a defender a causa.

Hoje, Thomas é cofundador e é diretor do conselho da The Defensive Line, uma comunidade sobre saúde mental. “Fora de casa, nunca me permiti ser vulnerável. Nos vestiários, não era permitido ser sensível. Ríamos de pessoas sensíveis. Fui atingido pelo terremoto da morte da minha irmã. Tive que fazer terapia e fazer um trabalho para descobrir como ser eu mesmo. Hoje, converso e me conecto com as pessoas que estão sofrendo. O mundo precisa de mais pessoas falando sobre isso.”

Segundo ele, isso o fez perceber que há pessoas em silêncio e que não se sentem seguras para ser vulneráveis. “Isso mudou a forma como eu vivo e vejo o mundo. Não quero que isso pare.”

A mãe de Selena, diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, também já sentiu culpa e vergonha. “Eu me taxava de doida, mas fazendo isso eu permitia que outros me tratassem assim”, compartilha.

Juntas, mãe e filha fundaram a Wondermind, que busca democratizar o acesso aos cuidados com a saúde mental. Selena também lançou o Rare Impact Fund, organização de arrecadação de recursos para o combate de doenças mentais ligado à sua marca de cosméticos Rare Beauty.

Felizmente, Selena Gomez diz estar em um melhor lugar em relação à sua saúde mental. “Quando eu assisto o documentário e vejo a maneira como eu falava de mim mesma há seis anos, é um pouco assustador. Jamais falaria dessa maneira agora. Estou em outro lugar.”

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Redação

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