São Paulo é terreno fértil para startups, acreditam executivos

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8:31 pm - 24 de setembro de 2015
Estudo recente da desenvolvedora de software Compass mostra que a cidade de São Paulo é a 12ª no ranking das melhores cidades para startups no mundo e a melhor opção para quem quer começar um negócio de tecnologia na América Latina. O motivo? Executivos do setor sediados na cidade acreditam em uma combinação de elementos que incluem capital humano de qualidade, ecossistema de empresas de tecnologia e concentração de capital financeiro.

Para Romero Rodrigues, fundador e chairman do Buscapé Company, que sempre morou em São Paulo, as oportunidades na cidade são enormes. “Empresas que querem crescer três dígitos por ano precisam estar perto de seus clientes e grande parte está aqui”, assinalou no evento de lançamento do São Paulo Tech Week, iniciativa da Prefeitura de São Paulo e do Governo do Estados de São Paulo, que busca reunir eventos de tecnologia e inovação em diversos pontos de São Paulo.

Bob Wollheim, head digital do Grupo ABC, não nasceu em São Paulo, mas foi acolhido pela cidade aos cinco anos de idade, quando seus pais foram trabalhar na capital paulista. Ele acredita que, hoje, mais do que nunca o momento de empreendedorismo está passando por um processo de fortalecimento na cidade. Mas o que falta, segundo ele, para que mais startups apareçam é o fortalecimento da aliança entre academia, governo e empresas. “No Vale do Silício essa união é muito forte”, observou.

Assim como Rodrigues, Wollheim acredita que São Paulo é terra de oportunidade, mas a energia empreendedora está saltando também fora dos grandes centros. “Penso que isso está relacionado à crise”, pontou.

Se é na crise que surgem as oportunidades, dados apresentados por Luís Fernando Arbex, gerente de Investimentos da Investe São Paulo, reforçam essa visão. Segundo ele, a Investe SP esse ano teve número recorde de anúncios de investimentos na cidade. 

“Até o momento, foram 25 projetos anunciados em TI e outros setores que vão se instalar em São Paulo, gerando R$ 8 bilhões de investimento e mais de 8 mil empregos”, listou, completando que muito mais do que falar em crise, trabalhar e aproveitar o potencial que a cidade e Estado têm são fundamentais. 

Impulso às startups
Guilherme Junqueira, diretor-executivo da Associação Brasileira de Startups, lembrou de diversas iniciativas do setor privado para conduzir o crescimento de novos negócios na capital paulista, como a Oxigênio, aceleradora da Porto Seguro, o Cubo, do Itaú Unibanco, e o Google Campus, que será inaugurado até o final deste ano na Avenida Paulista, coração da cidade. “A iniciativa privada já percebe que vai morrer se não se conectar com startups”, enfatizou.

Essa efervescência, acredita Rodrigues, do Buscapé, vai fortalecer sobremaneira o ecossistema nos próximos dois anos. Ele mesmo tem dedicado mais atenção às startups depois que deixou o comando da empresa para responder pelo cargo de chairman da companhia. “Vou empreender empreendedores, de diferentes formas, dedicando mais horas às empresas nascentes.”

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