Private Equity e Venture Capital somam R$ 16,5 bi em investimentos no segundo trimestre

Crescimento foi puxado pelo private equity em empresas mais maduras, reportam ABVCAP e KPMG. Setor financeiro lidera investimentos

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3:50 pm - 25 de julho de 2022
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Empresas brasileiras receberam um total de R$ 16,5 bilhões em aportes no segundo trimestre deste ano feitos por fundos de Private Equity (PE) e Venture Capital (VC). O montante é 17,8% superior ao mesmo período de 2021, quando os fundos aportaram R$ 14 bilhões. Os dados são da pesquisa realizada pela KPMG e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).

Apesar do crescimento total, o volume de Venture Capital recuou 62% para R$ 5,2 bilhões. Já os aportes de fundos de Private Equity, que costumam fazer alocações em companhias mais maduras, alcançaram R$ 11,3 bilhões, alta de 2,725% no período.

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Segundo o levantamento, entre abril e junho, 18% das empresas que receberam os aportes de PE e VC eram do setor de serviços financeiros, 14% de tecnologia da informação e 11% do setor de varejo. Entre os setores com maior número de empresas investidas por VCs, 21% eram Fintech & Insurtech, 12%, Retailtech e 11%, Healthtech.

Com os dados do segundo trimestre, o volume de investimentos da indústria de janeiro a junho deste ano alcançou R$ 28,1 bilhões, cifra 13,8% maior que no primeiro semestre do ano passado.

“Ainda que o ambiente de negócios mais desafiador para as empresas de Tech, as incertezas relacionadas à guerra e ao período eleitoral possam influenciar as negociações, o Brasil segue apresentando grande potencial de expansão”, destaca o presidente da ABVCAP, Piero Minardi. “O equilíbrio entre os valores consolidados em Private Equity e em Venture Capital demonstra que, em ambos os casos, os investidores estão focados em um crescimento de longo prazo e, por isso, mantendo o fôlego para preservar recursos e avaliando os riscos”.

“Mesmo com todas as adversidades, o Brasil continua sendo um destino extremamente relevante para esses investimentos. O aumento dos recursos aplicados está diretamente relacionado com o fortalecimento do ambiente de negócios e, consequentemente, à geração de mais oportunidades no mercado nacional”, avalia o sócio-líder de Private Equity e Venture Capital da KPMG no Brasil, Roberto Haddad.

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