Oracle disponibiliza sistemas com Sparc M7 no Brasil

M7 é o primeiro processador Sparc projetado a partir do zero pela companhia. Os sistemas vão de 32 a 512 núcleos

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11:01 am - 11 de novembro de 2015
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Quando a Oracle comprou a Sun Microsystems, há cinco anos, Larry Ellison fez muito barulho sobre como ter a pilha inteira de sistemas em um único chip, capaz de dotar seus servidores de recursos originais. Após cinco anos, ele pode finalmente dizer que chegou lá, com o processador Sparc M7, estrela do Oracle Hardware Forum, realizado nesta terça-feira (10/11), em São Paulo.

“O Sparc M7 consolida a filosofia da Oracle para os Engineered Systems, integrando hardware e software”, comenta Fabiano Matos, vice-presidente de vendas da Oracle do Brasil. O processador tem as melhorias habituais que você esperaria de um novo chip – mais núcleos, caches maiores, maior largura de banda – mas o mais interessante são as funções de software que Oracle embutiu no silício para melhorar o desempenho e a segurança dos aplicativos.

Eles contam com uma tecnologia de proteção de memória que favorece um novo nível de segurança para bancos de dados in-memory, e um engine que permite que dados sejam descompactados em tempo quase real para análise, permitindo maior utilização dos dados compactados.

A tecnologia de proteção de memória, chamada de “silicon-secured memory”, impede que programas mal-intencionados acessem partes da memória principal, frustrando um método de ataque comum para hackers.

Quando um aplicativo precisa de um novo bloco de memória, o M7 cria um único “color bit”, ou chave, o que garante que o aplicativo acesse apenas a parte da memória atribuída a ele. Quando o processo de candidatura termina, a chave expira e uma nova é criada para a próxima alocação de memória.

O processador possibilita também a criptografia assistida por hardware, que oferece aos usuários a habilidade de ter um tempo de execução e dados seguros para todos os aplicativos, mesmo quando combinados com amplo uso de AES, DES, SHA, etc. Segudno a Oracle, aplicativos existentes que usam criptografia serão automaticamente acelerados por essa nova capacidade, incluindo aplicativos da própria Oracle, de terceiros, ou personalizados.

Os novos servidores com M7 também vão permitir a migração de máquinas virtuais criptografadas, para tarefas como recuperação de desastres ou manutenção planejada.

“Até agora, nenhuma plataforma computacional foi capaz de lidar com a segurança sem afetar significativamente o desempenho do aplicativo”, explica John Fowler, vice-presidente executivo de Sistemas da Oracle. ” Hoje estamos fornecendo tecnologia de ponta para proteção de intrusão e criptografia, ao mesmo tempo em que aceleramos o Analytics in-memory.”

O M7 estará disponível nos modelos de servidores T7 e M7 (é a primeira vez que o Oracle usará o mesmo processador em ambas as linhas de produtos), bem como no sistema com engenharia Oracle SuperCluster.

Os sistemas SPARC M7 vão de 32 a 512 núcleos, de 256 a 4096 threads e até 8TB de memória.

“Significa que os recursos, incluindo SQL no silício, estão disponíveis para todos os clientes, incluindo pequenas e médias empresas. Atende a todo mundo. O tamanho da máquina versus o tamanho do cliente não é um impeditivo”, afirma Fábio Matos, lembrando que o prazo para importação é de , no mínimo 30 dias.

Em relação aos bancos de dados, funções críticas aceleradas pelos coprocessadores do M7 incluem descompressão da memória, varredura de memória, varredura de alcance, filtragem e assistência de junção. De acordo com a empresa, o encaminhamento dessas funções para os coprocessadores permite um desempenho até 10 vezes melhor na consulta de dados.

Testes de desempenho

A Oracle realizou um teste de desempenho SPECjEnterprise2010 para banco de dados e Java para demonstrar a superioridade dos servidores com o M7. Segundo os resultados, dois servidores SPAR T7-1, totalmente criptografados, são mais rápido que um par de sistemas IBM Power8 com quatro processadores, rodando a mesma carga de trabalho criptografada.

Já os resultados do Sparc M7 no teste de desempenho TeraSort provam a superioridade em relação ao IBM rodando o Hadoop, ao mesmo tempo em que também utiliza a aceleração de criptografia SPARC M7 sem afetar o desempenho.

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