O que aconteceu com meu cargo? 7 maneiras de preparar-se para o que vem por aí

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4:48 pm - 19 de outubro de 2015
O que é preciso fazer e quais competências são necessárias adquirir para enfrentar as mudanças pelas quais passa a indústria de TI? Foi com essa pergunta que Verónica Elizondo, CIO e CISO do Grupo Sigma Alimentos do México, iniciou sua apresentação no IT Forum Latam, que acontece de 18 a 21 de outubro em Miami
E a questão acontece em um momento crucial na vida do CIO, que diante da ebulição das transformações tecnológicas, não sabe o que virá por aí e ainda assim tem de estar pronto. É como andar no escuro. “O mundo está mudando rapidamente em um grau muito acelerado e é preciso se adaptar”, sentencia. 
Verónica usou sua experiência e trajetória para passar o que aprendeu nos últimos anos, após ter transitado por diversas áreas. Formada em engenharia, começou a carreira em TI, mas pouco tempo depois começou a atuar na área de RH, onde ficou por muito tempo antes de voltar para a tecnologia da informação, e pôde aprender muito. “Entendi que é preciso se adaptar, como um camaleão”, afirma. Ela listou sete ensinamos adquiridos que podem ser aplicados pelos CIOs para chegar lá mais rapidamente. Veja abaixo.
1. Seja flexível
Ser flexível é o mais certo a ser feito, diz a executiva. “Ainda mais para nós que atuamos em uma área tão rígida, pautada por números”, observa, acrescentando que a tecnologia presume uma ciência exata e em humanidades é diferente. Por essa razão, o ideal é balancear as duas características. “Temos de pensar de forma menos rígida e mais flexível.”
Ela conta que aprendeu a ser mais flexível depois do nascimento do seu primeiro filho. Antes, ela estava vivia com base em planilhas e números, mas um bebê não tem regras, nem mesmo rotina. “Ele me ensinou muitas coisas. Uma delas é que eu tinha de me soltar e que as coisas nem sempre são como planejamos”, reflete. 
Passando essa lição para o ambiente corporativo, a mensagem que fica é a de que é vital trabalhar a tolerância e a ambiguidade. Por mais que se tente ser objetivo em uma empresa, há muitos pontos subjetivos que devem ser trabalhados e equilibrá-los é o ideal.
2. Cerque-se de bons talentos
A executiva lembra que para ter boas equipes, é preciso atrair os melhores talentos. “O melhor chefe reconhece e inspira os talentos. Bons líder os atraem e os multiplicam”, ensina. Segundo ela, duplicar a capacidade da equipe é fundamental nesse cenário e contar com pessoas motivadas também.
3. Aprenda com os erros
Falhar não é opção, é certeza, afirma Verónica. “Em alguma momento da vida você vai cair, mas o importante é aprender algo toda vez que errar”, diz. O mais adequado em situações de falha, de acordo com ela, é olhar para trás, mas não para se martirizar e, sim, para saber o motivo pelo qual se levantou. “Como líder, você precisa saber enfrentar adversidades e problemas”, relata.
4. Escute
Escute, mas escute verdadeiramente. Mais do que isso, entenda. Somente dessa forma será possível se colocar em diferentes situações. “Todos falam sobre escutar. Definitivamente, o tema está na moda, mas nem todos conseguem.”
5. Finja, mas seja autêntico
Fingir não no sentido de engajar e ser dissimulado, mas, sim, de acreditar em você mesmo. “Pense: vou fazer meu trabalho muito bem. Pensar assim gera química positiva e isso está provado cientificamente”, afirma a executiva.
Ela lembrou que é muito natural do ser humano, ao lhe conceder novas tarefas, pensar que não está pronto para aquilo, que não tem capacidade. A própria Verónica já esteve em situação parecida. “O segredo é não pensar dessa forma, apenas vá e faça o que tem de ser feito.”
6. Fortaleça suas percepções 
Geralmente, as pessoas se baseiam em outras para buscar referências. É um processo comum da humanidade. “Se olhe no espelho e tenha consciência de quem é”, aconselha a executiva. Dizer sempre não, que as coisas não vão bem, limita a capacidade das pessoas. 
Para ela, o ideal nesse cenário é se relacionar com as pessoas, ter perspetiva e gerar empatia. “O problema é se preocupar o tempo todo com a forma que os outros nos enxergam. Isso não permite avanços”, relata, indicando ainda que solicitar feedbacks constantes ajuda sobremaneira a melhorar quem você é.
7. Veja vulnerabilidade como uma força
Geralmente, a vulnerabilidade é vista pelas pessoas com uma fraqueza. Mas não precisa ser assim. “Esse sentimento pode ser visto como um ato de coragem. Não há problema mostrar vulnerabilidade quando se está diante de uma situação e de emoção elevada”, comenta.
Verónica lembra que a vergonha se sobressai em diversas situações porque os profissionais não acreditam em seu potencial. “A vergonha limita comportamentos. Mas é um sentimento, só não tem sentimentos os psicopatas.”
Quando a vergonha vira um estilo de gestão, limita o trabalho e mata a inovação e a atuação em equipe. “Se você errou, se equivocou, não sinta vergonha. Assuma o erro, a consequência e vá adiante”, finaliza.

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