O desafio da transformação digital não está na tecnologia

Mas sim no humano que a opera.

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4:55 pm - 19 de setembro de 2019

A transformação digital ainda é, de certa forma, muito embrionária. E apesar do tema estar na agenda dos líderes das companhias, acredita-se que hoje somente entre 5% e 10% das grandes empresas, com sede ou filiais no Brasil, trazem iniciativas bem implementadas.

Obviamente que não estamos considerando todas as empresas, mas sim aquelas que nascem digitais ou trazem em seu DNA a tecnologia como core business. As que ainda não embarcaram nessa tendência, tanto startups quanto grandes companhias estabelecidas, urgem em providenciar esta transformação, independente do segmento em que atuam, de seu tamanho ou abrangência. E hoje este é um dos grandes desafios em termos empresariais.

Em termos de tecnologia, hoje temos a realidade virtual, aumentada e mista. Temos o Blockchain, a inteligência artificial, o Machine Learning, o Drone, a impressora 3D, o RPA – Robot Process Automation. Uma infinidade. Muitos, ainda nem explorados. As principais questões são: como usufruir deste cardápio? E por que, em pleno século XXI, ainda não estão sendo utilizados em sua totalidade?

Para as empresas que querem implementar essa transformação, é primordial considerar que a lógica do pensamento humano de todo o processo passa primeiro por uma mudança de mindset corporativa. Podemos tomar como exemplo desse mindset a diretriz do modelo de Minimun Value Product que tem por base a evolução contínua. O essencial é que, em todo processo, seja possível utilizar o produto e/ou serviço de forma funcional.

Nesse contexto, novos modelos de negócio surgem a partir de três momentos: otimização (2.0), primeiro estágio. Melhoria do processo (3.0), segundo estágio. E o terceiro, a tomada de decisão automática (4.0). Nessa trilha, a sacada é não se preocupar se haverá alguma tecnologia surgindo amanhã, mas entender se a tecnologia disponível hoje está sendo utilizada, se ela irá funcionar e, então, implementá-la no dia a dia.

Existem setores do mercado que “puxam” mais essa tendência, como o automotivo e a agricultura. Ainda assim, muitas vezes eles se limitam somente ao processo bruto de produção (planejamento, fabricação e entrega). E quando estendemos o conceito para os departamentos de uma empresa, vemos que as áreas ainda não estão engajadas e conectadas entre si nesta transformação.

Mudança de cultura é sempre um desafio, e no ambiente corporativo não poderia ser diferente. O que significa mudar o pensamento das pessoas além da tecnologia que existe ou pode existir. Essa é a real tendência: se adaptar ao cenário com as tecnologias existentes, e não esperar que outras novas surjam para agir.

*Por Alex Leite, diretor educacional da Live University

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