NSA coleta volume de dados menor do que o estimado

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10:10 am - 19 de fevereiro de 2016
A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) recebe menos dados de provedoras de serviços do que o estimado por defensores da privacidade. Isso é o que afirma relatório realizado pelo inspetor-geral da organização e conseguido pelo The New York Times.
De acordo com o documento, ao realizar procedimentos de vigilância (respaldado pelo FISA Amendments Act), a Agência recebeu de empresas de internet apenas informações sobre usuários estrangeiros e não todos os dados disponíveis em seus arquivos como se imaginava – e considerado contra a lei do país.
A publicação afirma, ainda, que o relatório indica a entrega de “alvos selecionados”, como endereços de e-mails, por parte da Agência às provedoras de serviços que, por sua vez, entregam mensagens que contenham relação direta com a NSA.
Mesmo que não seja considerado um volume grande de informações entregues ao governo, Patrick Toomey, advogado da American Civil Liberties Union, argumenta que, de qualquer forma, o processo é algo preocupante. Isso porque, ainda assim, é preciso que alguém – no caso as empresas de internet – vasculhem cada mensagem em busca de conteúdos específicos. Ou seja, as companhias estariam realizando procedimentos que não fariam caso não fosse solicitado pelo governo.
É o mesmo que pedir para a AT&T escutar todas as conversas de seus clientes para coletar apenas aquelas que citam a Agência, diz. “Acharíamos isso perturbador, não só porque [as informações] poderiam ser usadas de forma abusiva, mas porque envolve uma empresa de telefonia ouvindo cada uma das ligações”, observa.
O executivo é responsável por uma porção de ações judiciais movidas contra a NSA, contestando os procedimentos de espionagem.
A Agência não quis comentar sobre o relatório e tampouco as empresas de internet deixam claro como que a cibervigilância acontece.

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