Nova era exige que empresas sejam dez vezes mais rápidas

A transformação digital é inegável. Ela está aí e definitivamente veio para ficar e a causa raiz dessa mudança é o novo comportamento do consumidor. A opinião é de Cesar Gon, CEO e fundador da CI&T. O executivo, que falou na abertura do segundo dia do IT Forum, que acontece de 27 de abril a 1º de maio, na Praia do Forte (BA), afirmou que as marcas campeãs já entenderam esses sinais dos novos tempos.

“Estamos passando por essa transformação, aprendendo no campo de batalha. Temos obsessão pela velocidade e essa é a nossa tese”, contou ele, acrescentando que, hoje, na nova era, as organizações precisam ser dez vezes mais rápidas do que antes.

Para tanto, a visão da CI&T é de que a transformação precisa ser trabalhada com base em três dimensões. A primeira delas é a mudança do modelo produtivo, levando a tecnologia para o coração da estratégia. A segunda dimensão é investir na alteração do modelo de gestão. O último elemento diz respeito à transformação da liderança de tecnologia.

Um exemplo bem-sucedido dessa jornada é a Cielo. Eduardo Gouveia, CEO da adquirente multibandeira, afirmou que nos últimos anos a empresa passou por grandes transformações internas e externas e a velocidade é, sem dúvidas, o nome do jogo. Não só novas regulamentações impactam nos negócios da empresa, como concorrentes. A companhia, então, definitivamente não pode dormir no ponto.

“Começamos a transformação pela TI, produtos e inovação. Depois, fizemos a junção da área de negócios. Afinal, tecnologia não pode ser mais backoffice, tem de ser meio, tem de ser ponta”, relatou ele. Assim, a empresa montou dezenas de squads, que reúnem profissionais com habilidades e competências diferentes em times multifuncionais para encontrar soluções rápidas em uma meta clara de transformar a cultura.

Gouveia afirma que, hoje, com o mercado dinâmico é preciso acelerar as transformações e o formato de squads pode ajudar sobremaneira no processo. “Temos uma visão de longo prazo. Por isso, essa transformação é constante”, revelou ele.

E o board, onde fica?

Gon e Gouveia entendem que a participação do board já acontece na transformação, reforçando seu status de estratégicas para os negócios. “É um mito achar que o board não está vendo [a transformação]”, apontou Gon.

Silvio Meira, cientistas, professor e membro do conselho da CI&T e Magazine Luiza, concorda, mas acredita que essa transformação está por enquanto limitada à cabeça de “pessoas físicas”. “Transito em vários conselhos e vejo que ainda é necessário digitalizar a cabeça das pessoas”, observou.

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