O uso de mais de um provedor de nuvem, seja como estratégia ou como reflexo natural da contratação de TI, já é norma para 76% das organizações. O multicloud, como é chamada a prática, é tem como principais objetivos a integração de vários serviços, a escalabilidade e a continuidade dos negócios.
É o que revela um relatório divulgado esta semana pela especialista em cibersegurança Fortinet. Segundo o estudo, que ouviu em abril deste ano 572 profissionais de segurança cibernética de todo o mundo, incluindo América Latina e Brasil, a nuvem é cada vez mais presente. E em até um ano e meio, 56% das organizações estarão com mais da metade das cargas de trabalho de TI em cloud.
As organizações continuam a adotar a nuvem de forma acelerada para atender aos principais objetivos de negócios. O relatório indica que 33% das organizações já executam mais da metade de suas cargas de trabalho na nuvem.
Entre os benefícios atingidos pela migração estão o tempo menor de ida ao mercado (53%), maior capacidade de resposta (51%) e redução de custos (41%). As principais barreiras apontadas, no entanto, foram a falta de visibilidade (53%), falta de controle (46%), falta de equipe capacitada (39%) e o custo alto (35%).
“O que isso significa é que as organizações agora operam em um cenário digital diversificado e expandido e que, diante do cenário de ameaças em expansão, a segurança continua sendo uma grande preocupação com relação à nuvem”, diz em comunicado Frederico Tostes, gerente geral da Fortinet Brasil e VP de cloud para a América Latina.
Praticamente todos os entrevistados indicaram preocupações quanto à segurança das nuvens públicas. A configuração incorreta da segurança continua sendo o maior risco, na opinião dos entrevistados, com 67%, seguido pelo roubo de dados confidenciais (59%) e por acessos não autorizados e interfaces/APIs inseguras (49%).
Os ambientes multicloud adicionam ainda mais complexidade e desafios de segurança de acordo com a pesquisa, sendo que as principais preocupações estão na proteção de dados (58%), na falta de habilidades de segurança (57%) e na falta de entendimento de como diferentes soluções se encaixam (52%).
O relatório completo pode ser lido (em pdf) nesse link.
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