Mobile representou 14% do e-commerce brasileiro no segundo trimestre de 2015

Pesquisa da Criteo indica que a cota de transações de comércio eletrônico móvel está prevista para chegar a 22% no Brasil até o final do ano

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12:28 pm - 29 de junho de 2015

O comportamento do consumidor brasileiro via mobile avança mais rápido do que a velocidade dos varejistas para se adaptarem às novas ferramentas. De acordo com um relatório da Criteo, 14% das transações online do segundo trimestre de 2015 foram realizadas por meio de dispositivos móveis

A pesquisa trimestral “State of Mobile Commerce” detalha que 10% ocorreram via smartphone e 4% em tablets. O resultado é baseado em dados de 1,4 bilhões de transações virtuais que, segundo a provedora de soluções de marketing digital, movimentaram US$ 160 bilhões de vendas anuais.

“O processo de compra torna-se cada vez mais complexo, uma vez que os consumidores já não usam apenas navegadores web e dispositivos individuais para fazer compras. Entregar uma experiência envolvente em app e se conectar por meio de diversos dispositivos é fundamental para capturar as vendas de comércio eletrônico”, pondera Fernando Tassinari, diretor da Criteo no Brasil.

A companhia indica que as transações mobile dos Estados Unidos já ultrapassam os 30% em sua média. Porém, os principais varejistas online conseguiram 40% de vendas por dispositivos móveis.

Em relação as categorias, “Moda e Luxo” e “Travel” são as campeãs em vendas, com uma em cada três transações feitas por smartphones ou tablets. Já a categoria “Home”, que tem um histórico de crescimento mais lento, está ganhando velocidade e passou de 17% para 21% no segundo trimestre.

Mundialmente falando, aparelhos rodando Android lideram as transações. No Brasil, o sistema operacional da Google representou 7% de transações de e-commerce no trimestre, contra 3% do iPhone. A provedora acredita em uma evolução no percentual de compras online por meio de dispositivos móveis a partir da chegada de aparelhos com telas maiores.

Os aplicativos geram quase 50% das transações mobile para as empresas que os utilizam e seus resultados são tão bons, que eles alcançam uma performance melhor que qualquer outro canal, incluindo desktop. “Isso indica que a experiência do usuário no App é melhor que no desktop ou browser”, pondera o estudo.

Os vendedores que priorizam seus apps mobile como um fator-chave de receita podem ver parte significativa das transações por meio do aplicativo. Para estes varejistas, os apps geram 47% de toda a receita mobile. Na parte de viagens, são bem significativos para as reservas de última hora.

O levantamento também destaca que, quanto mais um site for otimizado para o ambiente móvel, maior é o aumento na taxa de conversão.

O estudo revela ainda que a modalidade “cross device” tem se tornado uma forte tendência. Além dos Estados Unidos, países como Japão e Coréia do Sul, que possuem um alto índice de uso de smartphones, utilizam mais de um dispositivo para pesquisa e fechar suas compras.

O crescimento do mobile é tido como inevitável. No final do ano, a cota de transações de comércio eletrônico móvel está prevista para chegar a 22% no Brasil e 40% globalmente. Outra tendência apontada é que, cada vez mais transações ocorrerão utilizando smartphones. Por fim, o estudo aponta que apps representam a próxima fronteira do m-commerce.

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