Maioria dos consumidores brasileiros clica em links sobre dieta – e isso pode ser perigoso

Quando se trata do sonho de ter um corpo perfeito, as pessoas podem estar dispostas a sacrificar sua segurança on-line, caso isso as aproxime dos resultados desejados. Isso é o que aponta uma recente pesquisa realizada pela MSI International e encomendada pela Intel Security, “A dieta da segurança on-line: você é aquilo que você clica”, que analisa comportamento e atitude on-line de brasileiros com idades entre 21 e 54 anos em relação a chamadas conhecidas como “iscas de cliques” (clickbait) sobre dietas.

De acordo com o levantamento, 91% dos consumidores brasileiros clicam em pop-ups e links promocionais sobre dieta e emagrecimento, mesmo considerando os potenciais perigos associados – cibercriminosos se aproveitam do interesse público por programas de dieta para lançar iscas e atacar vítimas.

 

“Os cibercriminosos estão cada vez mais capazes de entender os hábitos de pesquisa dos consumidores e estão tirando máximo proveito dessas informações”, afirma Gary Davis, especialista em segurança do consumidor da Intel Security. O especialista conta que, por esse motivo, é importante que as pessoas saibam identificar sites e e-mails que podem trazer riscos.

Quase três quartos (73%) dos entrevistados já clicaram em um link promocional que anunciava dietas. Dentre os que disseram nunca clicaram, 59% afirmam que clicariam em um link com tal conteúdo. 

Além disso, 36% dos entrevistados já adquiriram um serviço ou um produto de um link promocional sem saber se era ou não de um site seguro. Ao mesmo tempo, 30% dos entrevistados brasileiros admitem não saber verificar se um site é seguro antes de enviar dados de pagamento ou informações pessoais.

A grande maioria das pessoas que clica em tais links considera a possibilidade de ser spam ou malware (91%). Já 47% dos entrevistados provavelmente clicariam em um link promocional anunciando uma dieta antes da chegada do verão. Outros 33% dizem que eles estariam mais propensos a clicar em tal link antes de um feriado.

Pouco menos da metade (46%) dos entrevistados disseram que provavelmente clicariam em um link promocional ou artigo oferecendo dicas de emagrecimento apresentadas ou aprovadas por uma celebridade.

A maioria das pessoas mantém-se atualizada sobre as últimas tendências de emagrecimento, saúde, e questões do corpo por meio de pesquisa on-line (67%), blogs de saúde ou websites (45%), mídias sociais (41%), ou revistas (37%).

Mais da metade dos entrevistados provavelmente clicaria em um link promocional de dietas gerado por uma pesquisa do Google* (56%), enquanto outros informaram que clicariam em links anunciados no Facebook* (52%), em um site (37%) ou em um aplicativo que eles já utilizam (26%).

Muitos entrevistados afirmam estar dispostos a compartilhar informações como endereços de e-mail (73%), nome completo (58%) ou idade (55%) em um site, serviço ou empresa, na esperança de alcançar o peso desejado ou o corpo dos sonhos.

O estudo foi realizado em abril de 2016 por meio de pesquisa global on-line com 15 mil consumidores com idades entre 21 e 54 anos divididos de maneira uniforme em idade e sexo. No Brasil, 800 pessoas participaram da pesquisa.