Locais de trabalho onipresentes emergem, mostra pesquisa

As empresas estão sendo desafiadas a fornecer um local de trabalho onipresente que permita que seus colaboradores sejam produtivos onde quer que estejam. Os fornecedores de serviço, portanto, estão respondendo com novas soluções de ambiente de trabalho digital que entregam suporte mais flexível, colaborativo, baseado em nuvem e automatizados, de acordo com o novo relatório da Information Services Group (ISG), empresa global de pesquisa e consultoria em tecnologia.

O relatório ISG Provider Lens Digital Workplace of the Future para o Brasil diz que as empresas voltadas para o futuro estão reavaliando como o trabalho é feito e reinventando os papéis que sustentam o negócio. Eles estão contratando consultores que usam design thinking, analytics e automação para mapear o trabalho para “personas” específicas.

O objetivo é aumentar a produtividade e a criatividade e melhorar os resultados de negócios expandindo o acesso às informações e ferramentas em nuvem que permitem que os funcionários trabalhem a qualquer momento, em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.

“O local de trabalho não é mais um local, é onipresente”, disse Esteban Herrera, sócio e diretor global da ISG Research. “Os funcionários precisam ser produtivos onde quer que estejam e o local de trabalho precisa avançar com eles. As soluções atuais são centradas em smartphones, mas o local de trabalho digital está sendo estendido à Internet das Coisas (IoT) e aos dispositivos vestíveis”.

Novo formato

Os serviços do local de trabalho estão sendo reconfigurados para aproveitar assistentes virtuais ou chatbots para resolver problemas. “Mudar para a esquerda” – resolver ou prevenir um problema antes da intervenção humana – está se tornando uma nova prioridade. Ao mesmo tempo em que realidade aumentada e realidade virtual são usadas para melhorar a experiência do usuário. As empresas estão reduzindo o custo de enviar pessoas para o suporte no local.

Com ambientes de trabalho mais automatizados, com autoatendimento e mobilidade, a ISG vê uma eliminação gradual dos serviços de campo, mas observa que ainda é necessário que os humanos treinem bots de IA, revisem e aprovem algoritmos de aprendizado de máquina e projetem as melhorias de serviços, entre outras atribuições de alto nível.

Dispositivo como serviço

O Dispositivo como Serviço (Device as a Service) está crescendo em popularidade, segundo a ISG, com os provedores lidando com todo o ciclo de vida de aquisição-descarte-atualização, simplificando o processo por meio de quiosques e máquinas de entrega automática em alguns casos. As empresas também buscam a “neutralidade de dispositivos”, com lojas de aplicativos que permitem que os usuários escolham qualquer dispositivo e instalem aplicativos de negócios, apoiando o crescimento do movimento BYOD (Bring Your Own Device).

O relatório da ISG também cita o uso de ferramentas integradas de gerenciamento do ambiente de trabalho para monitorar dinamicamente a localização, o uso de aplicativos e o acesso a dados, com análises em tempo real acionando configurações automatizadas para permitir ou negar acesso e até mesmo apagar dados de dispositivos perdidos ou roubados.

Colaboração em alta

Plataformas de colaboração baseadas na nuvem que combinam VoIP, vídeo e chat – como o Skype for Business, Google Hangouts, GoToMeeting, Zoom, WebEx e Slack – estão substituindo a telefonia tradicional, diz a ISG. A colaboração social também está no centro das atenções, com mensagens instantâneas substituindo as plataformas de e-mail e compartilhamento de arquivos usados no lugar dos anexos.

O relatório ISG Provider Lens Digital Workplace of the Future avalia 24 provedores que atendem o mercado brasileiro em cinco quadrantes: Digital Workplace Consulting Services; Serviços Gerenciados de Digital Workplace (grandes empresas); Serviços Gerenciados de Mobilidade Empresarial (grandes empresas); Serviços Gerenciados de Digital Workplace e Mobilidade (empresas médias); e Serviços de Comunicações Unificadas e Colaboração.

Fornecedores à frente desse mercado

O provedor global IBM e a multinacional brasileira Stefanini se destacaram ao serem nomeadas líderes em quatro dos cinco quadrantes. Líderes em três dos quadrantes foram DXC Technology, Unisys e Wipro. Outros líderes são a Accenture e as empresas brasileiras Algar Tech, ilegra, Sonda e TIVIT. Outras empresas brasileiras avaliadas no relatório são a ConnectCom, a Dedalus Prime, a NetExperts, a Nexa, a SantoDigital, a TenoComp e a Vexia.

 

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