Investimentos em IA Emocional crescem, mas obstáculos regulatórios persistem
Apesar disso, especialistas questionam a sua capacidade de capturar a complexidade das emoções humanas e os impactos das regulamentações vigentes
A tecnologia conhecida como “IA Emocional” está emergindo como uma inovação significativa no setor de software como serviço (SaaS), de acordo com um estudo recente da PitchBook.
A pesquisa aponta que a IA Emocional, que permite que sistemas automatizados interpretem e respondam às emoções humanas, está ganhando adoção entre plataformas empresariais, prometendo transformar o atendimento ao cliente e o suporte técnico. No entanto, a adoção dessa tecnologia enfrenta desafios consideráveis relacionados à precisão e à privacidade.
O estudo revela que grandes fornecedores de serviços em nuvem, como Microsoft Azure e Amazon Web Services, já disponibilizam APIs que facilitam a implementação da IA Emocional por desenvolvedores. A tecnologia combina sensores visuais e de áudio com algoritmos de aprendizado de máquina e princípios de psicologia, buscando oferecer uma interação mais humanizada com os usuários.
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O crescimento dessa tecnologia está refletido no aumento do número de startups especializadas, como a Uniphore, que arrecadou US$ 610 milhões, sendo US$ 400 milhões somente em 2022, com lideranças de investimento da NEA. Outras empresas, como MorphCast, Voicesense, Superceed, Siena AI, audEERING e Opsis, também têm atraído investimentos significativos de diversos fundos de capital de risco.
Derek Hernandez, analista sênior da PitchBook, observa que, à medida que o uso de assistentes de IA e interações automatizadas se expande, a IA Emocional tem o potencial de melhorar a qualidade das interações entre máquinas e seres humanos. No entanto, o relatório ressalta que a tecnologia enfrenta desafios importantes.
Pesquisas anteriores indicam que capturar as emoções humanas apenas através de expressões faciais e linguagem corporal pode ser inadequado, levantando questões sobre a eficácia da IA Emocional.
Além disso, regulamentações como a Lei de IA da União Europeia, que restringe certos usos da detecção de emoções, e a BIPA de Illinois, que limita a coleta de dados biométricos sem consentimento, podem impactar a implementação e o desenvolvimento da tecnologia.
Com informações do TechCrunch
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