Investimentos em ciência e tecnologia devem chegar a 2% do PIB, defende ministro

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12:02 pm - 20 de junho de 2016

Na última semana, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, defendeu que investimentos públicos e privados em ciência e tecnologia se aproximem de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. 

“Essa bandeira eu comprei e incorporei”, disse ele durante encontro com membros da Academia Brasileira de Ciências no Rio de Janeiro. Segundo os dados mais recentes da Assessoria de Acompanhamento e Avaliação das Atividades Finalísticas do MCTIC, os investimentos em ciência, tecnologia e inovação chegaram a 1,66% em 2013, 0,93% públicos e 0,73% empresariais. 

Kassab afirmou ainda que, apesar de muito ter sido feito nos últimos 60 anos em termos de organização da comunidade e conquistas do mundo da ciência brasileira, houve uma “sensível queda no volume de recursos disponibilizados” para tais iniciativas, por conta da economia. 

Para o ministro, o início da retomada deve ser a recomposição do orçamento de 2016. “E nós vamos nos empenhar muito porque, quanto mais nós recuperarmos nesse ano, mais fácil será começarmos a construir a curva de retomada do crescimento já no orçamento do ano que vem”, disse ele, reforçando a proposta debatida com diretores de agências e institutos de pesquisa do MCTIC no Rio de Janeiro. “O governo está motivado, sensibilizado, convencido de que, nos últimos anos, a redução foi drástica. Então, a lição de casa número 1 é ir atrás desses recursos que perdemos.”

Segundo o secretário-executivo do MCTIC, Elton Zacarias, do volume contingenciado, que soma R$ 1 bilhão, R$ 400 milhões já foram liberados e serão aplicados no lançamento do satélite geoestacionário até o início de 2017. O ministério trabalha agora para recuperar os R$ 600 milhões que ainda faltam. “Lutamos para recompor a LOA [Lei Orçamentária Anual] e vamos continuar trabalhando para avançar mais.”

O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Wanderley de Souza, destacou que os fundos setoriais do FNDCT têm capacidade de alavancar pesquisa de ponta e citou como exemplo os editais lançados para fomentar ações de enfrentamento ao vírus zika. “Esses valores continuam sob controle do Tesouro Nacional, mas não disputam seus recursos, sem falar que se destinam a projetos de pesquisa de inquestionável importância.”
“Tenho certeza de que, com a capacidade política e de realização que tem, o ministro não será nosso algoz, mas, sim, o nosso líder para fazer avançar ainda mais a ciência brasileira”, acrescentou o diretor do Observatório Nacional, João Carlos dos Anjos.

*Com informações do MCTIC

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