O despertar da era da Inteligência Artificial e outras tendências no Web Summit Lisboa
Confira os insights do evento que aconteceu em Portugal
A atmosfera fervilhante do Web Summit Lisboa deste ano ecoou além das expectativas, mesmo com a notável ausência do fundador do evento, Paddy Cosgrave. Sua saída inesperada desencadeou uma onda de discussões, mas trouxe à luz um novo timoneiro, Katherine Maher, que não só suavizou as tensões, mas enfatizou o papel essencial do evento em gerar debates instigantes, revelando uma mensagem crucial: ninguém é irremovível.
Durante quatro dias de imersão tecnológica, mais de 900 visionários compartilharam seus insights, 2.600 startups exibiram suas inovações e 70 mil participantes globais testemunharam o ápice do evento: a Inteligência Artificial (IA).
A IA, outrora marginalizada, agora se tornou a alma do evento, entrelaçando-se em discursos, debates e interações. Sua onipresença é inegável, permeando cada canto do setor tecnológico. No entanto, além das expectativas do filme “Matrix”, essa tecnologia tem se revelado não apenas uma estrela em ascensão, mas uma ferramenta revolucionária para a sociedade moderna.
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No mesmo período da última edição do Web Summit, surgiu uma inovação avassaladora: o ChatGPT. Este mecanismo da OpenAI conseguiu alcançar uma marca extraordinária de 100 milhões de usuários em apenas dois meses de vida, superando o fenômeno do Instagram em termos de rápida adoção e impacto.
O que o evento testemunhou foi a metamorfose da IA, que evoluiu de uma figura periférica para a rainha do baile, moldando o futuro com seus passos inovadores. Sua presença, entrelaçada nos tecidos do cotidiano, revela uma transformação iminente: estamos prestes a deixar de falar sobre a IA para, simplesmente, utilizá-la de forma incisiva.
Além disso, destaca-se a conquista da startup brasileira INSPIRA, que levou o primeiro lugar no concurso de pitches do Web Summit, superando mais de 100 concorrentes. A INSPIRA, com sede no Brasil, atua no mercado de software jurídico e tem como missão democratizar o acesso à informação jurídica por meio da tecnologia. Orgulho puro do talento brasileiro!
Ao absorver os ensinamentos desse imponente Web Summit, aprendemos algumas lições essenciais:
Evolução inevitável da IA: a IA será como um Gremlin, multiplicando-se rapidamente em nossas vidas, presente em cada detalhe de nossas ferramentas e serviços diários. É apenas questão de tempo até que ela se torne parte integrante do nosso modus operandi.
IA como ferramenta, não como solução final: enxergamos a IA como uma ferramenta essencial, mas não uma panaceia. É crucial focar nos problemas reais do negócio, utilizando a IA para alavancar soluções e aprimoramentos.
Desafiar o paradigma “nós contra ela”: ao invés de competir ou negar sua influência, devemos abraçar a IA como um colaborador para expandir nossas habilidades, tanto no âmbito empresarial quanto pessoal.
Educação moldada pela IA: é tempo de repensar a educação, integrando a IA para tornar o aprendizado mais personalizado e prazeroso, alinhado com as necessidades individuais dos alunos e professores.
Regulação – equilíbrio e participação multidisciplinar: a regulação é inevitável, mas deve ser equilibrada. É imprescindível envolver diversos setores da sociedade para estabelecer diretrizes que protejam seu uso e minimizar potenciais malefícios.
Além desses avanços notáveis, as healthtechs emergiram como protagonistas inovadores ao apresentarem soluções revolucionárias para o monitoramento, manutenção e tratamento da saúde na terceira idade (tecnologia + qualidade de vida). Enquanto isso, as fintechs, pioneiras na revolução financeira, ofereceram soluções inovadoras que não apenas simplificam transações, mas também democratizam o acesso a serviços financeiros.
Ao refletirmos sobre os passos largos rumo a um futuro cada vez mais intrincado com a Inteligência Artificial, as lições absorvidas no Web Summit nos convocam para uma jornada desafiadora, mas emocionante. Este evento não foi apenas uma vitrine tecnológica, foi um manifesto de possibilidades, uma plataforma para a colaboração, e um lembrete de que a humanidade tem o poder não apenas de moldar a tecnologia, mas de usá-la como uma ferramenta poderosa para construir um mundo mais conectado, inclusivo e vibrante.
Que este capítulo tecnológico do Web Summit não seja apenas uma página virada, mas sim um prólogo para uma narrativa repleta de inovação, empatia e avanço para todos os cantos do mundo.
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