Inclusão e representatividade: valores de grandes empresas
BASF, Facebook, IBM, Azion e Serasa Experian mudam cultura para abrigar uma sociedade diversa

Para Eliezer Silveira Filho, CMO da Azion Technologies, “a questão da diversidade deve ser tratada ‘olhando de perto’, porque esses números são também pessoas. Elas estão em algum lugar, e não nas corporações. Esse é o primeiro passo. Tem de haver uma reflexão interna nas empresas, algo que seja perene. Um dos exemplos na Azion é a conexão com hubs de mulheres programadoras, porque a transformação digital na verdade é uma mudança na sociedade. Como eu consigo garantir que as pessoas se sintam representadas nesse mundo?”
“A BASF sempre tem um pensamento ded longo prazo. Nós criamos química para um futuro sustentável, no âmbito econômico, social e ambiental. E aqui na América do Sul, o problema social é muito grave, e o ambiental é sempre urgente. Na BASF, quando entrei, vi que havia um desejo de incentivar as pessoas para que fossem quem elas realmente são. Mas eu era a única mulher no comitê executivo. Criamos uma rede de mulheres, hoje mais de 500 na América do Sul, e aprendi tanto que resolvi escrever um livro sobre liderança feminina, “Mulher Alfa – liderança que inspira”. Cada um de nós tem um potencial de liderança. Minha intenção é que cada um aqui hoje saia com uma indignação, que queira saber como fazer mais, e transformar o que já fazemos Precisamos escutar o que incomoda”, acredita Cristiana Brito, diretora de de Relações Institucionais da companhia.
Diversidade C-level
Claudia Romanelli, líder de Cidadania da IBM prevê que, com as tecnologias já existentes, “o trabalho mecânico será muito afetado. A sociedade 5.o coloca o ser humano no centro rumo a algo decente, razoável, com aceso a tudo que a tecnologia vai afetar. Existe sim um drive econômico mas ele tem que estar alinhado com algo cultural e interno. Quando as linhas executivas passam a se preocupar realmente, isso faz diferença. O processo de reeducação interna da IBM já dura algumas décadas, construindo forças equilibradas. Mas a participação no nível executivo continua um desafio, e existe um funil que passa por decisões pessoais. Mas estamos mais abertos, e as gerações mais novas sentem isso”.