ICQ sairá do ar após 28 anos
Plataforma de mensagens foi pioneira, mas perdeu espaço conforme a internet avançou
O ICQ anunciou o fim de suas atividades para o próximo dia 25 de junho. O comunicado de encerramento veio acompanhado de uma propaganda do aplicativo VK Messenger, concorrente russo do WhatsApp pertencente à mesma empresa que comprou o ICQ em 2010.
A plataforma de mensagens, popular nos anos 1990 e início dos anos 2000, chegou a ameaçar a hegemonia dos e-mails em 1996 e alcançou mais de 100 milhões de usuários em 2001. Entretanto, não resistiu à concorrência com o MSN, da Microsoft.
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Criado em 1996 pela empresa israelense Mirabilis, o ICQ, foi vendido em 1998 por US$ 287 milhões para o AOL. Já em 2010, o grupo estadunidense repassou a plataforma para a Digital Sky Technologies, hoje VK Company. À época, a plataforma tinha 33 milhões de usuários, dos quais 8,3 milhões eram russos.
Em 2013, a empresa tentou remodelar o ICQ para conquistar os usuários de smartphones e, em 2020, repaginou o aplicativo, que recebeu o nome ICQ New. A plataforma, porém, não resistiu à concorrência com os apps de mensagens criptografadas, como WhatsApp e Messenger.
Diferentemente dos apps contemporâneos, o ICQ não funcionava vinculado a um número de telefone; cada usuário tinha um número de identificação próprio, que começou com cinco dígitos e precisou ser aumentado à medida que o programa ganhou popularidade.
No Brasil, no ano passado, o ICQ ressurgiu nas páginas criminais dos jornais. O site Núcleo descobriu, em junho, 13 quadrilhas de pornografia infantil que usavam o ICQ como canal de comunicação.
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