IBM apresenta mainframe com acelerador de IA integrado ao chip

IBM z16 conta com processador Telum e é voltado aos clientes que precisam usar IA para obter insights em tempo real

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5:45 pm - 05 de abril de 2022

A IBM revelou nesta terça-feira (05) o IBM z16, mainframe com acelerador de inteligência artificial (IA) integrado ao chip que promete uma nova geração de inferência otimizada com baixíssima latência.

O sistema é projetado para permitir que clientes analisem transações em tempo real em larga escala para cargas de trabalho de missão crítica. O mainframe de nova geração também traz recursos de proteção contra ameaças futuras, que podem ser usadas para quebrar as tecnologias de criptografia atuais. O IBM z16 estará disponível em 31 de maio de 2022.

Segundo Ross Mauri, gerente geral da divisão IBM Z, o z16 trará ganhos “revolucionários” em setores como finanças, saúde, varejo ou logística. Segundo a companhia, clientes financeiros, por exemplo, poderão reduzir o tempo e consumo de energia necessários para lidar com transações fraudulentas em cartão de crédito, além de terem ganhos em áreas como aprovação de empréstimos, compensação e liquidação de valores e aprendizado federado.

“Uma analogia que podemos fazer é que há cerca de 10 milhões de pessoas por ano que são impactadas por cancelamentos de voos”, explicou o executivo durante a apresentação do mainframe. “Se todos esses cancelamentos acontecessem simultaneamente, esse sistema poderia rearranjar todos os passageiros em menos de 30 segundos”.

O IBM z16 inclui um acelerador de inteligência artificial embedado ao seu microprocessador IBM Telum. Segundo Elpida Tzortzatos, líder de estratégia de IA da IBM Z, essa arquitetura elimina qualquer sobrecarga associada à transferência do modelo e dos parâmetros que a inferência de IA será realizada da memória principal para a memória específica do dispositivo, como é o caso com aceleradores de IA via GPUs.

O acelerador de IA do z16 também suporta uma ampla quantidade de modelos de inteligência artificial, incluindo redes de aprendizado de máquina tradicionais e modelos como CNN e RNN.

“Criamos um ecossistema robusto de IA otimizada que permite aos nossos clientes incorporem inteligência de IA às cargas de trabalho corporativas em escala e na velocidade de que precisam, fornecendo a agilidade de IA necessária para ajudá-los a aplicar IA a essas cargas de trabalho corporativas muito rapidamente”, disse Tzortzatos.

Segurança quântica

O mainframe z16 também embarca novos recursos de segurança que prometem prepará-lo para enfrentar futuras ameaças digitais, incluindo aquelas que podem surgir a partir da evolução trazida pelos avanços da computação quântica.

“Computadores quânticos prometem resolver problemas difíceis em áreas como química, medicina e matemática. Mas nas mãos de um agente mal intencionado, a computação quântica pode ser usada para quebrar a tecnologia de criptografia que temos usado há muitos anos para proteção de nossos sistemas, aplicações e dados”, explicou Anne Dames, engenheira distinta da IBM.

A IBM classifica o z16 como o primeiro sistema com “segurança quântica” do mercado, que deve trazer segurança de longo prazo para dados sendo gerados hoje por clientes. O sistema é sustentado pela criptografia baseada em reticulados (Lattice-based Cryptography, em inglês), uma abordagem para construção de segurança que ajuda a proteger dados e sistemas contra ameaças atuais e futuras.

O sistema embarca ainda o Secure Boot, que previne que atacantes injetem malware no processo de boot para assumir o controle do sistema durante a inicialização. Já o módulo de segurança de hardware Crypto Express 8S (CEX8S), também integrado ao z16, clientes terão tecnologia criptográfica clássica e quântica para ajudar a lidar com casos de uso que exigem confidencialidade de informações, integridade e não repúdio.

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