A hiperpersonalização da experiência dos clientes é a nova fronteira para as marcas e empresas em um mundo em constante evolução digital. O avanço de tecnologias como a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquinas (Machine Learning, ML) permite que os critérios de personalização possam ir muito além de idade, localização e interesses gerais, alcançando padrões complexos de comportamento e preferências individuais.
Esse tipo de abordagem, no entanto, precisa se valer de vasta gama de dados obtidos em tempo real, incluindo históricos de navegação, interações anteriores, comportamentos de compra e contexto atual do usuário. O objetivo é oferecer ofertas, recomendações e conteúdos específicos para cada indivíduo.
“A hiperpersonalização representa uma poderosa ferramenta para empresas que buscam se destacar em mercados altamente competitivos e satisfazer as expectativas crescentes dos consumidores por experiências mais personalizadas e relevantes”, diz o especialista em dados e inovação e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Kenneth Corrêa.
Leia também: IA têm mudado como empresas pensam futuro, diz especialista da Microsoft
Só que utilizar os dados dos clientes, apesar de ser crucial para criar uma experiência verdadeiramente personalizada e compreender o cliente, também exigem alguns cuidados, principalmente quanto à privacidade do consumidor.
A implementação de estratégias de hiperpersonalização tem, é claro, um conjunto de desafios. Eles podem variar desde questões técnicas e de dados até considerações éticas e de privacidade. Abordar esses desafios eficazmente é crucial para o sucesso da hiperpersonalização, diz o professor da FGV.
A coleta e integração de dados provenientes de diversas fontes podem ser complicadas devido à existência de silos de dados. Manter a qualidade e atualização dos dados é crucial para evitar personalizações mal direcionadas. A escalabilidade das soluções de IA é uma preocupação, exigindo expertise técnica e investimentos significativos.
A privacidade e segurança de dados são fundamentais, considerando regulamentações como GDPR e LGPD. A análise eficaz dos dados para insights acionáveis é outro desafio, assim como equilibrar a personalização sem invadir a privacidade do cliente.
O consentimento transparente do cliente é necessário, juntamente com a implementação contínua e otimização do processo. Por fim, a competência da equipe em tecnologias como AI e Machine Learning é vital em um ambiente tecnológico em constante evolução.
Para Kenneth Corrêa, esses desafios exigem abordagem estratégica que inclua investimentos em tecnologia, aprimoramento de competências, governança de dados e uma cultura de respeito pela privacidade do cliente.
“As empresas que conseguem superar esses obstáculos estarão bem-posicionadas para redefinir a experiência do cliente e aproveitar as vantagens competitivas que a hiperpersonalização oferece”, diz o professor.
Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!
O Google DeepMind e a Isomorphic Labs revelaram o AlphaFold3 nesta quarta-feira (8), uma inovação…
O TikTok anunciou nesta quinta-feira (9) que implementará um sistema de rotulagem automática para identificar…
A Inmetrics e o Parque Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), gerido…
As recentes enchentes no Rio Grande do Sul não afetaram apenas pessoas, mas também milhares…
Toda semana, o IT Forum reúne as oportunidades mais promissoras para quem está buscando expandir…
A Konecta Brasil, unidade brasileira do grupo espanhol especialista em relacionamento e experiência do cliente,…