Governança de TI aproxima diretoria e setor de operações

Na prática, é a Governança de TI que define todos os parâmetros tecnológicos

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10:03 am - 24 de fevereiro de 2022

No contexto de pós-pandemia que todos estamos vivenciando, a transformação digital vem impulsionando os negócios de milhares de empresa mundo a fora. Porém, muitas companhias ainda têm dificuldades com relação a definições de estratégias de Tecnologia da Informação (TI), principalmente no que diz respeito à Governança de TI.

Esta área originou-se de um desdobramento da governança corporativa e atua como um mecanismo de controle, estabelecendo políticas e regras que direcionam todos os processos de TI da empresa. Na prática, é a Governança de TI que define todos os parâmetros tecnológicos (dados, sistemas e processos), analisando se todas as normas e políticas aplicadas estão alinhadas com os reais objetivos estratégicos do negócio.

Dentre os seus principais benefícios, estão a velocidade, clareza para benchmarking, conformidade (compliance), bem como uma linguagem comum. Tudo isso garantindo que todas as partes interessadas possam ter plena confiança nos serviços de TI, gerenciando com muito mais precisão todo o retorno sobre o investimento nessa área.

Mas apesar de toda a sua importância no contexto empresarial, muitos líderes e gestores ainda não vislumbram a utilização da Governança de TI como uma real estratégia dos negócios. Dados do do Instituto Gartner apontam que 42% dos líderes empresariais não avaliam, medem ou monitoram os dados da organização, mas esse é definitivamente um caminho sem volta.

No atual cenário mundial, a transformação digital nunca esteve tão inserida no dia a dia dos negócios. Afinal, a governança de TI não é apenas uma área de suporte aos negócios e sim parte essencial no planejamento estratégico das companhias. E não se resume apenas a isso. Ela também facilita e aproxima de forma única a diretoria com os coordenadores e operadores ao apresentar dados e informações sobre cada departamento de forma simultânea, dando a oportunidade dos C-levels verificarem todas as questões sobre a esteira de atividades e relatórios diários, mensais e anuais de forma dinâmica.

Pesquisa recente da FGV apontou que o investimento em Tecnologia da Informação continua crescendo em nosso país, com uma média de 8,2% da receita das empresas. Mas apesar disso, a pesquisa também revelou que 90% do uso de inteligência analítica nos departamentos financeiros ocorre através de planilhas do Excel. No atual contexto de evoluções tecnológicas e plena transformação digital, isso é inconcebível!

Nós estamos experimentando, de forma intensa, ambientes cada vez mais conectados, integrados e que, de fato, precisam de sistemas mais eficientes. E é justamente nesse contexto que a Governança em TI pode ajudar, utilizando ferramentas que estejam adaptadas as suas realidades e ao mercado. Dessa maneira alinhando os seus objetivos de negócios de forma estratégica, criando metas e adotando políticas de segurança específicas.

E uma das ferramentas ideais para uma estratégia assertiva de Governança em TI é a utilização do sistema ERP em sua gestão. Os softwares ERP são sistemas que integram departamentos e setores, dessa maneira eliminando falhas na comunicação e minimizando a possibilidade de eventuais erros. Ela proporciona mais precisão e segurança das informações, otimização de custos e um melhor aproveitamento operacional e tecnológico.

Nesse momento intenso de período pós-pandemia, a Governança de TI possui um papel essencial, já que ela é uma parte da governança corporativa voltada especificamente para a área de TI. Consequentemente ela possui um papel essencial na elaboração de estratégias de negócios. Mas é necessário uma mudança profunda de cenário, utilizando ferramentas tecnológicas modernas e mais eficazes no fluxo de trabalho.

E os números mostram que cada vez mais empresas caminham nessa direção. Ainda de acordo com a pesquisa da FVG citada anteriormente, cerca de 84% dos negócios usam um sistema de gestão ou apenas alguns módulos, tais como gestão contábil, de folha de pagamento, RH, ativos e materiais. E apesar de parecer tudo muito complexo, sua implementação não é tão complicada quanto parece.

Importante destacar que ela não ocorre de um dia para o outro, sendo necessárias ações específicas com foco no curto, médio e longo prazo. Mas ela é decisiva na definição dos reais objetivos estratégico de negócios das companhias, sendo os sistemas ERP ferramentas indispensáveis para melhorar o negócio como um todo. Na minha opinião tudo converge para evolução na utilização do sistema ERP, com soluções que atendam de fato as demandas operacionais e gerenciais das empresas.

De acordo com o titular responsável pela pesquisa da FGV, Fernando Meirelles, a Inteligência Analítica, e nisso podemos listar como “o novo” ERP (Migração, implementação e Integração), está na lista como principal tópico a ser desenvolvido dentro das organizações, seja por parte do departamento de TI ou necessidade da diretoria. Nas grandes corporações, outras nuances da transformação digital foram identificadas nas práticas de busca de novos talentos, AI (Inteligência Artificial), IoT (Internet das Coisas) e Cloud Computing (Computação em Nuvem).

Eu definidamente sou um entusiasta desse momento de intensa transformação digital que estamos vivendo. O sistema ERP, por exemplo, é moderno, abrangente e que vem quebrando todos os paradigmas do mercado de ERP. Tudo nele é 100% integrado de forma online, suportando grandes bases de dados e milhares de usuários. E a procura por um sistema em ERP no Brasil tornou-se assunto obrigatório para uma transformação digital completa de qualquer setor.

Uma organização com uma estratégia alinhada de Governança de TI está sempre um ou dois passos à frente dos seus concorrentes. Isso é um fato, não tem como voltar atrás. É precisamente ela que vai garantir uma gestão de riscos eficiente e garantindo muito mais segurança em seus dados e informações estratégicas, otimizando recursos e auxiliando em todas as tomadas de decisões.

Os gestores e líderes empresariais não tem mais tempo a perder! Mais do que nunca é necessária uma visão fora da caixa, sempre pensando no presente bem como no futuro. Sem uma Governança de TI realmente eficaz, milhares de companhias estão colocando todos os seus esforços em risco. E infelizmente na maioria das vezes os líderes e executivos não entendem a magnitude e real importância dos problemas ocasionados pela ausência de uma estratégia definida.

*Mauricio Felgueiras, CEO da MXM Sistemas

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