EY: três em quatro CEOs veem IA como pivô da transformação empresarial
Estudo mostra que 95% dos CEOs planejam acelerar transformação empresarial em 2024, e IA traz otimismo
A consultoria multinacional EY divulgou esse mês a versão de 2024 da tradicional pesquisa CEO Outlook, que mapeia as prioridades dos principais executivos das companhias. E descobriu que a transformação digital dos negócios está no centro das atenções deles, com 95% dos entrevistados planejando manter ou acelerar o movimento da empresa em 2024. Desses, 58% quase triplicaram esforços nos últimos seis meses.
Foram ouvidos 1.200 CEOs de grandes empresas e 300 líderes de investimento do setor de Private Equity (PE) entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 em 21 países, incluindo o Brasil.
O estudo indica que mesmo o cenário macroeconômico e geopolítico instável, com baixo crescimento e retorno a curto prazo, os CEOs continuam otimistas com a inteligência artificial (IA) e se concentrando em operações financeiras para aumentar a eficiência.
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“A pesquisa reforça um movimento que já estamos observando que é a crescente exponencial da inteligência artificial em diferentes frentes e áreas de negócios. Inclusive quando falamos da própria EY, essa será uma diretriz extremamente importante nesse ano”, diz Leandro Berbert, sócio de estratégia e transações da EY Brasil.
Reforçado ao uso de tecnologias para alavancar os negócios, os CEOs também dizem estar analisando a composição e ampliação do portfólio – o que inclui acelerar planos de investimento, com alienações corporativas antecipadas como ativos-alvo. “Com esse material, podemos perceber que os CEOs e os líderes de PE estão igualmente otimistas em relação às perspectivas de fusões e aquisições (M&A) para 2024, sendo que a grande maioria espera o retorno dos ‘megadeals’, à medida que o mercado geral de negócios se recupera após um 2023 pouco aquecido”.
Inteligência artificial
Ao falar sobre transformação, a conexão feita pelos CEOs com a inteligência artificial é imediata, diz a EY. 76% concordam que a IA trará benefícios de eficiência, mas terá pouco impacto no crescimento da receita (11% discordam dessa última parte).
Entre os investidores, há mais otimismo quanto ao potencial da IA para gerar receita e eficiência, com 19%.
O estudo mostra ainda que 76% dos CEOs estão preocupados com a possibilidade de uso indevido da IA na política. E 78% concordam que a ascensão de movimentos populistas em todo o mundo aumentará a incerteza geopolítica e criará desafios comerciais.
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