EY lança centro de soluções de negócios com foco em sustentabilidade

EY Nature Hub visa desenvolver soluções para empresas e governos, que dependem do uso intensivo de recursos naturais

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4:23 pm - 12 de dezembro de 2023
EY, centro de soluções Imagem: Divulgação

A EY anunciou o lançamento de um centro de soluções de negócios com foco em criação de valor de projetos ao redor de temas que atravessam o meio ambiente e a sustentabilidade. O anúncio foi feito durante a COP 28, Conferência do Clima da ONU, que neste ano acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Batizado de EY Nature Hub, o projeto visa desenvolver soluções para empresas e governos, que dependem do uso intensivo de recursos naturais, e, ao mesmo tempo, buscam criar desenvolvimento sustentável e impacto social positivo em direção à transição para uma economia de baixo carbono. Segundo a EY, o centro tem foco em setores de difícil descarbonização, sistemas alimentares, biocombustíveis, infraestrutura, recursos naturais e sistemas de energia.

“Com o Hub, nossa missão é encontrar caminhos e soluções que não foram considerados na formação dos frameworks de sustentabilidade na última década, de forma a atuar nas principais deficiências de um mercado que se desenvolveu sem levar em conta o potencial da natureza como aliada na geração de capital financeiro. Além de projetos focados em mitigação, a iniciativa vai atuar também para desenvolver soluções de adaptação climática, um custo crescente e que vai impactar empresas nos próximos anos”, explica Ricardo Assumpção, sócio-líder de ESG para a América Latina e Chief Sustainability Officer (CSO) da EY Brasil.

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A iniciativa pretende atuar nas intersecções entre clima, biodiversidade e sociedade, cobrindo algumas das principais dores de mercado, como riscos de cadeia de suprimentos, regulação, criação de valor com biomas e biodiversidade, combate ao desmatamento e instrumentos financeiros. Além disso, diz a EY, o hub atuará para evoluir sistemas de dados e confiança da informação, que serão fundamentais para aprimorar modelos de negócios de empresas com forte orientação para o ESG.

“Nossos profissionais possuem, além de capacidade técnica, conhecimento específico de diferentes mercados e setores da economia, como indústria de alimentos e bebidas, instituição financeira, indústrias de bens de consumo, mineração, agronegócio, entre outros”, defende Assumpção.

De acordo com a EY, as principais pautas que serão trabalhadas neste primeiro momento de lançamento do Nature Hub são descarbonização da cadeia de valor de ponta a ponta, modelos de negócios de economia circular, soluções de alta integridade baseadas na natureza, transição dos negócios para incorporar natureza como solução, preservação da biodiversidade, desenvolvimento de serviços ecossistêmicos e adaptação às mudanças climáticas.

“As soluções que vamos propor pelo Hub consideram dois lados: criação de valor e redução de riscos. Posso destacar pontos como destravar valor premium para produtos sustentáveis, reduzir custos de cadeias por meio da captura do prêmio verde e desenvolvimento de negócios sustentáveis. Além do impacto financeiro, os benefícios socioambientais são fundamentais no curto e longo prazo. Não existem mais planos de negócios e planos de sustentabilidade, existem planos de negócios sustentáveis”, conta o executivo.

Em comunicado sobre o lançamento, a EY destaca que o Hub também terá o papel de conectar clientes, ciência, mercado de capitais, combinando diversas visões e pontos de vista com a inclusão de conhecimento de comunidades tradicionais e originárias, trazendo uma contribuição e direcionamento mais completos e amplificados sobre os impactos em relação a ações que as organizações tradicionalmente realizam.

Para Assumpção, “todas as organizações dependem de capital natural, responsável diretamente por 60% do PIB do Brasil, uma vez que a sociedade faz parte do ecossistema da natureza. Porém, hoje a natureza não está sendo contabilizada nas organizações, nem nas entradas (matérias-primas, clima, regeneração) nem nas externalidades negativas (contaminações, impactos sociais e emissões)”.

Outro ponto considerado chave pela iniciativa é a construção de uma rede de parcerias locais e globais com organismos multi laterais, organizações científicas e não governamentais, startups e provedores de soluções de tecnologia.

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Redação

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