Educação é o setor que mais sofreu ataques cibernéticos no Brasil

Segundo levantamento da CPR, setor foi alvo de uma média de 2.148 ataques por organização a cada semana

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1:43 pm - 10 de novembro de 2022
Imagem: Shutterstock

O setor de Educação/Pesquisa no Brasil foi o que mais sofreu ataques cibernéticos no terceiro trimestre de 2022, revelou nova pesquisa da Check Point Research (CPR). A empresa registrou uma média de 2.148 ataques por organização a cada semana, um aumento de 18% em comparação com o terceiro trimestre de 2021. De maneira geral, as organizações foram atacadas 1.484 vezes semanalmente no País, um aumento de 37% comparado ao período do terceiro trimestre de 2021.

Os números do Brasil estão acima da média global. De acordo com o relatório, os ataques globais aumentaram 28% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021. A média de ataques semanais por organização em todo o mundo atingiu mais de 1.130 ataques.

“Especificamente no Brasil, observamos que o porcentual e o volume de ataques por semana seguem uma tendência de serem superiores aos níveis globais. Acredita-se que isso se deve à falta de investimentos em dois dos principais alvos de ataques que são os usuários e acesso remoto e às aplicações. Outro ponto importante a se considerar refere-se às empresas que ainda mantém uma mentalidade de detecção e não prevenção em relação à cibersegurança, uma vez que assim que o ataque explorando uma vulnerabilidade conhecida ou o malware tenha sucesso na sua execução, a remediação sairá mais onerosa que a prevenção”, destaca Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança e Evangelista da Check Point Software Brasil.

Globalmente, o setor de saúde é o mais visado por ataques de ransomware. Uma em cada 42 organizações foi impactada por ransomware, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Os grupos de ransomware estão aumentando seu foco em grande parte nos hospitais devido à intensa pressão para atender às demandas de ransomware.

“Os grupos de ransomware continuam concentrando seus esforços em hospitais, em grande parte devido à intensa pressão para que essas organizações respondam rapidamente ao pedido de resgate. Um ataque de ransomware em um hospital pode levar a consequências potencialmente catastróficas, como cirurgias atrasadas, atrasos no atendimento ao paciente e consultas médicas remarcadas. Mesmo que um ataque não feche um hospital, ele pode deixar alguns ou todos os sistemas digitais offline, cortando o acesso de médicos e enfermeiros a informações digitais, como registros de pacientes e recomendações de cuidados. As organizações de saúde devem manter seus programas atualizados, baixar apenas itens de fontes conhecidas e fazer backup constante de seus dados”, ressalta Falchi.

O segundo setor mais atacado globalmente foi governo/militar, com uma média de 1.564 ataques semanais, um aumento de 20% em relação a igual período do ano passado.

No geral, o número de ataques de ransomware caiu 8% em todo o mundo em comparação com o terceiro trimestre de 2021. Segundo os pesquisadores da CPR, isso pode ser devido a uma mudança para métodos alternativos de ataque, como botnets e hacktivismo. No entanto, o ransomware continua a atrair a maior atenção do público e causar a maior interrupção.

 

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