Domínios .br registrados ultrapassam marca de 5 milhões

.br ocupa quinta posição entre domínios de "topo para código de país” no mundo, diz NIC.br

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6:59 pm - 26 de setembro de 2022
demi getschko Demi Getschko durante audiência no Senado Federal. Foto: Geraldo Magela, Agência Senado

O domínio .br, operado no Brasil pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), atingiu 5 milhões de nomes registrados, informou a instituição nessa segunda (26). Os registros com domínio no Brasil ocupam a quinta posição no mundo entre os “de topo para código de país” (ou ccTLD, sigla para o termo em inglês country-code Top Level Domain).

“Chegar a essa marca expressiva é motivo de grande orgulho para nós, não apenas porque remete à expansão da internet no Brasil, uma história da qual temos participado ao longo dos anos, mas por demonstrar a confiança dos brasileiros no trabalho que realizamos”, diz em comunicado Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br – e considerado um dos pioneiros da internet no Brasil.

Segundo o NIC.br, desses 5 milhões mais de 1,5 milhão são protegidos pela tecnologia DNSSEC (Domain Name System SECurity extensions). Segundo o núcleo, a extensão assegura que o conteúdo do DNS (Domain Name System ou Sistema de Nomes de Domínio) é corretamente validado, impedindo ataques ao evitar a alterações maliciosas de dados em transações como serviços financeiros, explica Frederico Neves, diretor de serviços e de tecnologia do NIC.br.

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O .br também perite alternativas para um nome registrado com semântica embutida. São cerca de 130 opções, cobrindo setores e atuações específicas – como “ong.br”, “art.br”, ou “eco.br”, por exemplo. Há ainda variações para profissionais (“bio.br”, “adv.br” etc), pessoas jurídicas (“agr.br”, “far.br”, “tv.br” etc), pessoas físicas (“blog.br”, “vlog.br”, “wiki.br”) e cidades (“rio.br”, “manaus.br” etc).

“Com o valor arrecadado a partir do registro de domínios, o NIC.br – uma instituição privada e sem fins lucrativos — realiza outras ações em benefício da comunidade. Produz pesquisas sobre o uso de internet, opera Pontos de Troca de Tráfego [PTTs] para o aprimoramento da conectividade no país, promove cursos e eventos de capacitação para diversos profissionais, investe no tratamento de incidentes de segurança na rede, entre dezenas de outras ações”, diz Getschko.

História

O “.br” nasceu antes de da primeira conexão brasileira à internet? Em 18 de abril de 1989, Jon Postel (IANA), responsável pela atribuição de domínios de topo, delegou o “.br” ao grupo que operava redes acadêmicas na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Inicialmente foi usado para identificar máquinas do ambiente acadêmico, e os registros eram feitos manualmente.

Em fevereiro de 1991, com o acesso à internet já existente no Brasil, foi definida uma estrutura de nomes sob o.br. A partir da expansão da rede no país para o público em geral, em fins de 1994, o “.br” passou a crescer rapidamente: de 851 domínios registrados em 1995 para 7.500 nomes no mês de dezembro de 1996. O processo passou a ser automatizado e a marca de 1 milhão foi atingida em 2006, uma década depois.

Quatro anos depois, em 2010, a quantidade dobrou. O feito se repetiu em 2012, quando o número de domínios.br bateu a casa dos 3 milhões. Em 2018, mais 1 milhão foram incorporados.

O Registro.br é o departamento do NIC.br responsável pelas atividades de registro e manutenção dos nomes de domínios que usam o.br. Executa também o serviço de distribuição de endereços IPv4 e IPv6 e de números de Sistemas Autônomos (ASN) no País.

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