Modernização e nuvem são focos de parceria entre Dell e XP Inc.

Executivos falam, com exclusividade ao IT Forum, sobre estratégias de mercado para fomentar tecnologia na fintech

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11:06 am - 07 de outubro de 2022
Eduardo Berti, VP de Tecnologia da XP Inc. e Christiano Lucena, VP Executivo de Vendas da Dell Technlogies Eduardo Berti, VP de Tecnologia da XP Inc. e Christiano Lucena, VP Executivo de Vendas da Dell Technlogies

A história da XP e da Dell Technologies começou ainda no início da fintech – com o uso de computadores da companhia. Hoje, a Dell é um dos principais fornecedores de tecnologia da XP Inc., com um contrato que abrange hiperconvergência, storage, networking, servidores, entre outros.

Em entrevista exclusiva ao IT Forum, Eduardo Berti, VP de tecnologia da XP, explicou que, hoje, a XP ela tem um pulmão, um banco de ideias muito fortes.

“A gente tem uma necessidade de lançamento de produtos muito alto. Nós temos um porto seguro não só para contar com uma melhor solução, mas para discutir estratégia de negócios, estratégias de tecnologia e de mercados fora do Brasil. Comportamentos que a gente ainda vive aqui de uma forma um pouco mais insipiente e que lá fora é um pouco mais forte, como o mercado chinês, o mercado americano, enfim. A gente acaba explorando a capilaridade deles mundial em favor da nossa estratégia de negócios.”

Hoje, a XP é um dos principais clientes da Dell Technologies no Brasil no mercado de enterprise (área de grandes clientes). Para Christiano Lucena, VP Executivo de Vendas da Dell, essa relação busca tentar entender, como provedor de tecnologia, as perspectivas e prioridades de futuro para ter as melhores práticas que a Dell tem também de outros clientes.

“Muito em função da modernização do data center e desse conceito de cloud privada está 100% alinhada à estratégia da Dell global. E a XP é um exemplo disso. Então se você alinhar tecnologias modernas em um modelo de consumo moderno, trazendo a experiência de consumo de cloud pública, com toda a segurança e todos os benefícios de uma cloud privada, isso é 100% com o que globalmente a Dell proporciona aos clientes”, afirma Christiano.

Atualmente, a Dell foca em uma estratégia de Apex (serviços em nuvem). A atuação é positiva para a XP. “O principal ponto é consumir o recurso como se eu consumisse uma cloud pública. É consumir o que eu uso. Até pela característica da XP de crescimento rápido, time to market, novos produtos. E pela característica do negócio, pode ter um dia mais agitado dentro do mercado financeiro que eu preciso provisionar um recurso mais rápido”, explicou Raniere Tesser, gerente de network da XP Inc.

Christiano complementa ao fazer uma linha do tempo durante os anos da XP, que possui uma transformação não apenas de negócios, mas também dentro de TI. Um processo de modernização de arquitetura e, agora, com um modelo de consumo mais alinhado à nuvem.

“A segurança permeia tudo isso, principalmente em um ambiente de multicloud, que a gente vê que os dados ultrapassaram as barreiras do data center e estão distribuídos. O grande desafio é a disposição a ataques de segurança, ataques cibernéticos”, comenta o executivo.

Ao ser perguntado sobre a LGPD, Eduardo afirma que a lei veio para desafiar tanto o lado dos provedores de serviço quanto as empresas. “Por nós termos o controle do dado com a ajuda de todas as tecnologias, a gente conseguiu sair a frente em vários aspectos da lei tanto do Brasil quanto lá fora. E principalmente dar a segurança que a gestão do dado do cliente estar seguro, é totalmente gerenciável.”

Além disso, segundo o executivo, o grande objetivo é pegar o dado transacional e analítico e tome a melhor decisão de negócio. Mas para fazer isso, as fundações estejam criadas e o time da XP esteja focada nos negócios e os parceiros, como a Dell, esteja focada na tecnologia.

Com esse foco, a fintech criou uma comunidade dentro da empresa para se tornar uma referência de tecnologia. Apesar disso, ainda há o gap de profissionais na área. Para atrair e reter os colaboradores, Eduardo acredita que parcerias como essa ajudam a mostrar ao time que ele está trabalhando com tecnologias de vanguarda. “São marcas e patentes muito fortes que a pessoa se identifica sabendo que ela está trabalhando com algo que gerará valor para a sua carreira”, frisa Eduardo.

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