Dados inadequados são desafio para avançar ESG, diz IBM
Habilidades inadequadas e barreiras regulatórias também estão entre as resistências
Dados inadequados são um desafio-chave para consumidores e executivos quando se trata de atingir metas relacionadas a ESG (sigla para sustentabilidade, social e governança), revelou um novo estudo do IBM Institute for Business Value (IBV). A pesquisa ouviu 2.500 executivos de 22 indústrias e 34 países, incluindo o Brasil.
Os executivos ouvidos apontam que os padrões inconsistentes (47%) são o maior obstáculo para seu progresso em ESG, seguido por dados inadequados (45%), habilidades inadequadas (39%) e barreiras regulatórias (33%).
No Brasil, o estudo identificou uma lacuna na percepção entre as empresas e os consumidores. Enquanto 66% dos executivos locais acreditam que os stakeholders entendem os objetivos e o desempenho de suas organizações, apenas cerca de 5 em 10 consumidores pesquisados sentem que têm dados suficientes para fazer compras ambientalmente sustentáveis (53%) ou tomar decisões relacionadas à empregabilidade (44%).
Estratégia de negócio e consumo
O ESG é visto pela maioria dos entrevistados (78%) como fundamental para sua estratégia de negócios. Quase 8 em 10 executivos pesquisados (77%) veem o ESG como um facilitador de receita em vez de um gerador de custos, sugerindo que, ao contrário da opinião popular, ESG e lucratividade não estão em desacordo.
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Da parte dos consumidores, quase 9 em cada 10 dos consumidores pesquisados dizem que a sustentabilidade ambiental (87%) e a responsabilidade social (83%) são muito ou extremamente importantes para eles.
ESG estagnado
O estudo, entretanto, revelou que os executivos brasileiros admitem que suas empresas não fizeram progresso significativo em direção às metas ESG, indicando que os desafios de dados impactam sua capacidade de medir o progresso e atender às demandas do consumidor no Brasil.
De acordo com o relatório, 93% dos executivos pesquisados dizem que suas organizações desenvolveram propostas de ESG; no entanto, apenas 7% dizem que suas organizações atingiram um progresso significativo. Mais da metade executivos (65%) dizem que suas organizações lutam para gerenciar uma grande quantidade de dados manuais, enquanto 57% dizem que têm dificuldade em consolidar ou manipular dados.
“Os dados são a alma de ESG. Ao operacionalizar os planos, as empresas poderão transformar seus dados em insights preditivos para ajudar a avaliar seu progresso aos benchmarks e tomar decisões de negócios informadas para melhorar seu impacto em ESG diariamente”, afirma Marco Kalil, líder de IBM Consulting no Brasil. “Líderes que elevam o papel de ESG poderão impulsionar o engajamento, inspirar a inovação, melhorar as operações e alinhar os parceiros de ecossistema em torno de objetivos estratégicos compartilhados”.
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