Cresce desconfiança de brasileiros em relação à privacidade
Segundo pesquisa da OpenText, brasileiros estão dispostos a pagar mais para empresas em que confiam a segurança de seus dados pessoais
Brasileiros estão mais preocupados com a privacidade de seus dados pessoais e estão dispostos a pagar a mais por isso. Nova pesquisa da OpenText revelou que desde a pandemia de COVID-19 cresceu a desconfiança em relação à como as organizações armazenam e gerenciam informações pessoais.
De acordo com o levantamento, 82% dos brasileiros ouvidos afirmam ter novas preocupações sobre como seus dados pessoais estão sendo explorados. Na análise da OpenText, essa preocupação se justifica ao identificar que 30% dos entrevistados dizem que não usariam mais ou comprariam de uma empresa à qual eram leais se ela não protegesse ou vazasse seus dados pessoais.
Além disso, 71% estariam dispostos a pagar mais para usar ou comprar de uma organização que estivesse expressamente comprometida com tal proteção. Os mesmos 71% disseram que ainda pagariam mais por uma empresa ou terceiro para manter suas informações seguras.
“Desde que a pandemia ocorreu no início de 2020, as preocupações dos consumidores sobre onde e como seus dados pessoais estão sendo usados estão aumentando. Também estamos vivendo em uma época de mudanças regulatórias sem precedentes, com regulamentações rigorosas de privacidade de dados crescendo e evoluindo rapidamente em todo o mundo”, destaca Roberto Regente Jr., vice-presidente da OpenText para América Latina e Caribe.
Cresce interesse por leis
O estudo também identificou que mais brasileiros estão cientes das leis de privacidade de dados, com 64% deles afirmando ter uma vaga ideia sobre tais leis – um aumento de 60% desde o início da pandemia.
No entanto, o número de brasileiros que professam estar muito cientes das leis que protegem sua privacidade de dados diminuiu nos últimos dois anos – de 30% no início de 2020 para 26% em 2022. Na avaliação da OpenText, isso sugere que, embora possa haver um melhor conhecimento geral sobre as leis de privacidade de dados, é necessária mais educação sobre regras e regulamentos específicos.
O estudo também alerta que as empresas devem atuar em ações para aumentar a confiança na tutela dos dados que coleta, tendo em vista que apenas 22% dos entrevistados no Brasil confiam totalmente em todas as organizações com as quais interagem para manter a segurança de seus dados, enquanto pouco mais da metade (53%) confia na capacidade de algumas empresas.
“Nunca houve uma necessidade tão grande de soluções de gerenciamento de informações empresariais que não apenas suportem a conformidade com as leis de privacidade e proteção de dados, mas também forneçam vantagem competitiva e diferenciação para manter a fidelidade do cliente”, finaliza Regente Jr.