Como o Comitê Olímpico Internacional usa tecnologia para educar futuras cidades-sede
Com o fim dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) já está pronto para embarcar seus pertencer para a próxima cidade-sede, Tóquio. Lá, o futuro espetáculo de luzes e bailarinos já deve começar a ser preparado para recepcionar os convidados em 2020.
Com diversos desses eventos, o COI tem coletado dados e relatórios que tem como objetivo o compartilhamento de conhecimento para futuras cidades-sede. O programa, chamado de Olympic Games Knowledge Management, criado pós-Sidney em 2000, fornece uma plataforma integrada de serviços e documentação que visa auxiliar futuros organizadores com seus preparativos, ao mesmo tempo que ajuda com a troca de conhecimento de um Comitê Organizador para outro.
Para Gilbert Felli, diretor executivo do COI, a transferência de conhecimento “é essencial para uma Comissão Organizadora ser capaz de realizar os Jogos”. O programa consiste de três pilares: informação, serviços e experiência pessoal, e engloba relatórios de jogos oficiais, manuais técnicos, e uma série de outros documentos úteis e publicações que estão todos disponíveis em uma extranet dedicada.
A ideia, de acordo com Felli, é descrever o máximo possível o que um organizador terá de fazer. “Tentamos conscientizá-los sobre o que eles têm para oferecer e como terão de entregar”, completa.
Recentemente, o programa ganhou uma plataforma de vídeo interativa e imersiva em colaboração da startup suíça Teleport. A equipe da empresa desenvolveu um algoritmo de Random Access Video Encoding (RAVE) baseado em JavaScript usando o framework Meteor.
Com isso, a plataforma é capaz de capturar diversas imagens, e centralizar o conhecimento gerado por cada cidade-sede dos Jogos Olímpicos, fornecendo todas as informações sobre instalações, e como pode-se andar nesse espaço. É como se fosse um vídeo 360° só que mais completo.
O primeiro teste prova de conceito com a plataforma foi realizado no Youth Olympic Games (Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude), evento pré-Jogos Olímpicos que aconteceu na Noruega, em fevereiro. O resultado foi tão satisfatório que o Teleport também foi usado para os jogos do Rio.
“Estamos usando [a plataforma] para projetos B2B com futuros organizadores”, disse Christopher Payne, líder do programa. “Esperamos que a Teleport inove nossos serviços de gestão de informação, ilustrando muitos dos desafios de se operar os Jogos Olímpicos”, completa, afirmando também que, pela primeira vez, puderam conectar o imenso volume de conteúdo sobre as especificidades do funcionamento dos locais “a fim de garantir que os requisitos operacionais de cada espaço sejam bem compreendidos”.
Abaixo, vídeo mostra como a Teleport funciona.