Com investimento de R$ 120 mi, SAP dobra tamanho do Labs
Nova fase da estrutura de P&D da empresa alemã será inaugurada em junho em São Leopoldo (RS) e contará com 2 mil desenvolvedores
No próximo dia 20 de junho a SAP vai inaugurar a “terceira fase” de expansão de seu laboratório de pesquisa e desenvolvimento na América Latina, o SAP Labs Latin America, que fica em São Leopoldo (RS). A informação foi adiantada aos jornalistas presentes no SAP Sapphire*, que ocorreu na semana passada nos EUA, pela presidente da operação brasileira da companhia, Adriana Aroulho.
Segundo a executiva, a expansão custou cerca de R$ 120 milhões investidos entre 2018 (quando foi anunciado) e 2021 e deve dobrar a capacidade da estrutura adicionando quase mil desenvolvedores (chegando a 2 mil no total). A força extra servirá para concretizar “um roadmap bem bacana alinhado com soluções que serão desenvolvidas no Brasil para o mundo”, disse a executiva, inclusive “algumas áreas de soluções em nuvem”.
O Labs gaúcho foi fundado em 2006 e é um dos 20 espalhados pelo mundo. Se dedica a atender a operação da multinacional alemã nos países da América Latina, principalmente desenvolvendo soluções e serviços. Mas também serve para recepcionar clientes e parceiros, além de fomentar trabalho com startups.
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“Nosso laboratório no Brasil está dentro da Unisinos [Universidade do Vale do Rio dos Sinos]. Fica dentro de um campus universitário para fomentar troca”, explicou Adriana. “Temos desenvolvedores, suporte, programas de mentoria para startups. Precisamos de todos esses atores.”
Segundo a presidente, o investimento da matriz na filial brasileira se deve, entre outras coisas, a capacidade de desenvolver inovação sob um viés de multiplicidade cultural inclusive para exportação de soluções para o resto do mundo. “Inovação é isso, criar algo novo, pensando diferente”, disse, quando perguntada pelo IT Forum a respeito do destaque que cases brasileiros receberam durante o evento em Orlando na semana passada.
Segundo Adriana, o Brasil recebeu destaque no anúncio de resultados da SAP no primeiro trimestre – no qual a empresa obteve receitas de € 7,1 bilhões no mundo, crescimento de 11%. E que a demanda no período dos clientes brasileiros foi “super acelerada”, em boa parte graças ao interesse por soluções de mensuração de ESG.
“Recentemente fizemos um estudo com 400 executivos para entender momento da agenda de ESG. É a segunda vez que a gente roda a pesquisa. Tivemos 26% mais executivos dizendo que tinham uma agenda estruturada [de ESG] em diferentes graus de maturidade”, lembrou Adriana. “Aí entra o papel da tecnologia. O Christian [Klein, CEO da SAP] falou disso, que não é possível gerenciar o que não se mede.”
* o editor do IT Forum esteve em Orlando a convite da SAP