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Cinco (possíveis) unicórnios para ficar de olho em 2021

Não são poucos os avanços recentes comemorados pelo ecossistema brasileiro de startups. Recordes de investimentos registrados, a expectativa para a aprovação dMarco Legal das Startups no Congresso e, mais recentemente, o aumento do número de unicórnios, com a MadeiraMadeira ingressando no grupo seleto de 16 startups nacionais com valor acima de US$ 1 bilhão. 

Diante desse cenário bastante positivo, quais serão as próximas brasileiras a superaram o simbólico valor? José Muritiba, diretor executivo da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), tem alguns palpites e os compartilhou com a reportagem do IT Forum (veja abaixo). 

Leia mais: Estas 16 startups têm mais de 130 vagas abertas em todo o Brasil 

As apostas do executivo foram feitas com base em dados públicos de mercado e no crescimento previsto dessas startups, em parte impulsionado pelo crescimento do ecossistema como um todo. Alguns dos segmentos em que elas atuam estão crescendo acima da média”, ressalta Muritiba. 

Alguns desses setores, como o financeiro, o de e-commerce e o marketing digital, por exemplo, não só cresceram a adoção de tecnologia durante a pandemia como obtiveram a prova de que a transformação digital era um caminho sem volta. Além disso, as estratégias das grandes empresas contemplam cada vez mais as startups, seja por meio de investimentos ou pela aquisição de produtos e serviços. 

No Brasil, muitos problemas ainda não foram resolvidos, em todos os aspectos. Nessa fase de dificuldade a nível global, as estratégias digitais se tornaram uma enorme necessidade”, resume Muritiba. Outros fatores elencados para o crescimento do ecossistema nacional: a entrada cada vez maior de capital estrangeiro e a taxa de juros baixa, que atrai investidores diversificando diante dos resultados ruins com a renda fixa. 

Mas chega de explicações e vamos às cinco startups brasileiras com maior potencial para se tornarem o próximo unicórnio, segundo o diretor executivo da Abstartups, José Muritiba: 

Neon

Setor de atuação: financeiro (fintech) 

Ano de fundação: 2016 

Último aporte: US$ 300 milhões (setembro/2020) 

Há quem diga que a Neon já ultrapassou o valor necessário para ser considerada um unicórnio. Enquanto a marca não é oficializada, a startup mineira fundada por Victor Sadalla impulsiona o crescimento se posicionando como “digital only”, com contas correntes para pessoas físicas e jurídicas, principalmente microempreendedores individuais (os MEIs).  

Ele veio de maneira bastante pioneira no posicionamento exclusivamente digitaljunto com o Nubank, em um momento em que isso era pouco visto”, diz Muritiba. “O volume de acessos cresceu muito por conta da pouca burocracia e a rapidez para a abertura de contas. 

Soma-se a isso o mercado de fintechs em ebulição e captações e investimentos que superam R$ 1 bilhão – a última, feita em setembro de 2020 liderada pelo fundo americano General Atlantic. Em janeiro a fintech anunciou ter superado 10 milhões de clientes. 

Olist

Setor de atuação: e-commerce 

Ano de fundação: 2015 

Último aporte: R$ 310 milhões (novembro/2020) 

A startup oferece soluções que contemplam todas as pontas do mercado de varejo: pequenos lojistas físicos que precisam digitalizar operações, grandes indústrias e distribuidores e, por último, e-commerces e marketplaces bem estabelecidos. “A empresa pegou um gancho nesse momento que vivemosem que a digitalização de varejistas tornou o canal e a realidade digital necessários”, resume o diretor da ABStartups. 

Nascida em Curitiba (PR) e fundada por Tiago Dalvi, a empresa recebeu recentemente um aporte de R$ 310 milhões do Softbank. Nasceu como uma loja de shopping antes de se tornar um marketplace e, agora, oferece uma camada de inteligência entre lojistas e e-commerces. O valor é bastante óbvio em um momento de digitalização acelerada do varejo (e do consumidor). 

Uma vez que eles [os varejistas] começaram a ter resultados [no ambiente online]vão entrando novos, e só tende a crescer”, pondera Muritiba. 

Resultados Digitais

Setor de atuação: marketing digital 

Ano de fundação: 2011 

Último aporte: R$ 200 milhões (agosto/2019) 

Mais conhecida pela sua ferramenta de relacionamento e marketing digital RD Station, a empresa de Florianópolis (SC) é pioneira na aplicação de princípios de marketing digital em um produto de fácil utilização. No momento da fundação, o ecossistema de startups brasileiro era muito embrionário.  

Eles tiveram um posicionamento pioneiro e capitanearam educação de um mercado específico, se tornando referência e criando autoridade”, diz Muritiba. “Por serem essa autoridade de robustez muito grande, formaram uma cultura e um ecossistema muito linkado com a estratégia de crescimento. 

O último aporte recebido pela empresa foi liderado pela Riverwood Capital, e alcançou R$ 200 milhões. Com forte presença internacional, a aquisição da startup é disputada por dois grandes players nacionais – Totvs e Locaweb – segundo apurado pelo jornal O Estado de S.Paulo, o que deve valorizar ainda mais o seu valor de mercado nos próximos meses. 

Cortex Intelligence

Setor de atuação: inteligência de dados 

Ano de fundação: 2010 

Último aporte: R$ 170 milhões (outubro/2020) 

Provendo soluções de inteligência com base em dados, a Cortex Intelligence foi fundada em 2010 por Daniel Pires e Leonardo Rangel. A plataforma da empresa capta dados de diversas fontes com o objetivo de promover análises com foco em crescimento (o que ela própria chama de Growth Intelligence). Com base nisso apoiam de maneira estratégica grandes players do mercado, inclusive multinacionais. 

“São dados muito claros e evidentes para que os grandes players consigam se posicionar. 

Isso trouxe para eles captação recente e crescimento intensificado nesse momento difícil em que vivemos”, diz Muritiba. 

O último aporte obtido pela empresa totalizou R$ 170 milhões e foi liderado pela Riverwood e pelo Softbank. A empresa tem sedes em São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa (Portugal) e São Francisco (EUA). 

Pipefy

Setor de atuação: automação de processos 

Ano de fundação: 2015 

Último aporte: US$ 45 milhões (jul/2019) 

Focada em promover a gestão e a automação de processos de trabalho em empresas de diferentes setores, a startup de Curitiba (PR) nasceu de olho no mercado internacional. Desde a fundação acumula clientes fora do Brasil, inclusive com ofertas de produtos em outras línguas além do português. 

Fundado em 2015 por Alessio Alionço, a plataforma da startup dá aos gestores controle sobre equipes operações, conectando departamentos, centralizando solicitações e contribuindo para melhor visualização de processos. Em um ambiente de trabalho remoto acentuado, a solução serviu como uma luva. 

“A solução se adequa muito não só à jornada da transformação digital, mas também a empresas de todos os tamanhos, desde startups até big corporates. E mesmo empresas com métodos e comportamentos mais tradicionais se adequam com muita facilidade”, diz o diretor da ABStartups. 

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