O ransomware é a ameaça do momento. Prova disso é que ataques como o Wanna Cry e o Petya forçaram pessoas e empresas no mundo todo a pagar resgates para recuperar seus dados, gerando prejuízos de milhões de dólares. A Eset, empresa de detecção proativa de ameaças, analisa o impacto dessa ameaça na América Latina, fazendo uma pesquisa sobre o crescimento do ransomware, as famílias mais detectadas, assim como os países com maior porcentagem de propagação.
“As detecções realizadas pelas soluções de segurança da Eset nos permitiram conhecer a evolução dos últimos anos. Pudemos observar, desde as primeiras ocorrências de ransomware até os registros do ano passado, que houve um aumento significativo no número de famílias e variantes, especialmente em 2017”, destaca Camillo Di Jorge, Country Manager da Eset no Brasil.
Somente no ano passado, 1190 variantes das famílias FileCoder foram identificadas, em comparação com 744 em 2016 – um aumento de 60% de um ano para outro.
Ao analisar esta informação para a América Latina, observa-se que, das 1190 variantes identificadas no mundo, apenas 398 possuem presença na região latino-americana. Em outras palavras, entre todos os ransomwares gerados no mundo, 33% realizaram atividades em países latinos durante o ano passado.
Na análise dos países com maior quantidade de detecções em 2017, podemos observar que o Peru lidera a lista com 25,1% das detecções totais dos países latino-americanos. Isso significa que 1 em cada 4 identificações de ransomware na América Latina ocorreram no território peruano.
O segundo lugar é ocupado pelo México com 19,6% das detecções, seguido pela Argentina (14,5%), Brasil (14,0%) e Colômbia (9,6%). A lista é complementada pelo Chile (5,7%), Equador (4,6%), Venezuela (3,2%), Bolívia (2,1%) e Guatemala (1,4%), como os dez países com maiores porcentagens de detecção na região.
Outros países com detecções abaixo de um por cento são: Costa Rica (0,9%), Panamá (0,9%), El Salvador (0,8%), Honduras (0,7%), Nicarágua (0,5%), República Dominicana (0,5%), Uruguai (0,5%) e Paraguai (0,4%).
A análise também inclui dados sobre a família do ransomware que teve a maior incidência nos países latino-americanos em 2017. É possível notar que no topo da lista de detecções no Brasil e no Uruguai está o ransomware Crysis.
No entanto, se considerarmos toda a América Latina, o TeslaCrypt é o ransomware mais detectado, com 21,7% dos registros; seguido por CryptoWall (16,8%), Cerber (12,9%), Crysis (12,3%) e Locky(10,3%).
Também foi detectado que o sexto lugar é ocupado por uma amostra com atividade significativa na região, chamada CryptProjectXXX (8,8%), e na sétima posição aparece o WannaCry (identificado pelas soluções de segurança da Eset, como WannaCryptor) com 7,5% das detecções.
A lista é composta também por Spora (5,2%), CTBLocker (2,8%) e Jaff (1,6%), como pode ser visto no gráfico a seguir.
O estudo sobre o status destas ameaças na América Latina em 2017 se concentrou em conhecer os países onde se propagam mais famílias de ransomware e suas variantes. O México é o líder em propagação de ransomware, com 247 tipos famílias encontrados, seguido pelo Brasil, com 214 famílias. Em terceiro fica a Argentina (214), seguida de perto pelo Peru (196) e a Colômbia (173).
O ransomware chegou para ficar e as tendências não são positivas. A ameaça vem evoluindo especialmente por ser uma atividade lucrativa para os cibercriminosos. Portanto, é necessário proteger as informações e outros ativos contra os códigos maliciosos dessa natureza.
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