BossaBox: startup quer suprir desafios da contratação de times de tecnologia

Em entrevista ao IT Forum, sócio da BossaBox, fala sobre o cenário atual de layoffs e principais dificuldades de grandes companhias e startups

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11:03 am - 13 de fevereiro de 2023
João Zanocelo, head de produto e sócio da BossaBox João Zanocelo, head de produto e sócio da BossaBox Foto: Luciano Alves

De um lado, um mercado em uma busca incessante por profissionais que preencham gaps em suas companhias. De outro, demissões em massa em empresas de tecnologia de todo o mundo. Nesse cruzamento, há empresas como a BossaBox que podem trazer um equilíbrio para cenários turbulentos como o atual.

Em entrevista ao IT Forum, João Zanocelo, head de produto e sócio da startup, explica que, do ponto de vista do profissional, o momento atual é desafiador pois muita gente do mercado de tecnologia nunca sofreu com demissões ou dificuldade de encontrar emprego.

“Os Estados Unidos tiveram recorde de empregos e no mercado de tecnologia milhares de pessoas foram demitidas, então é paradoxal. Do ponto de vista de empresas, contratar um time de desenvolvimento é um investimento arriscado porque poderá ser demorado encontrar esse time, é um recurso caro (considerando a CLT fica ainda mais caro), e esse time realizará uma atividade que pode não ser a correta. A Bossa é uma alternativa menos arriscada e mais rápida. O que antes a empresa fazia com um time interno, começa a fazer com a gente”, explica o executivo.

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Em resumo, a BossaBox funciona da seguinte maneira: uma empresa diz que precisa, por exemplo, desenvolver um aplicativo. A startup entende a demanda, cria uma estratégia de serviço e a composição do time ideia. A locação acontece em 10 dias úteis, sendo as duas primeiras semanas imersivas para se aprofundar no problema/solução e, então, inicia-se o desenvolvimento.

Por outro lado, ainda que a empresa tenha crescido 73% em 2022, em relação ao ano anterior, João não sente que os layoffs estão sendo responsáveis pelo aumento da demanda esse ano. “O que vemos é que as empresas estão inseguras porque não sabem muito o que acontecerá ou como será impactado. Vimos uma dificuldade das empresas de investimentos robustos em toda a área de tecnologia, mas esse cenário tende a ficar mais suave”, relativiza.

Inovação

Os impulsionadores para a busca da BossaBox também diferem de acordo com o tipo de empresa. Em geral, a startup atende grandes empresas que querem inovar por meio de novos produtos digitais ou startups que já cresceram e têm capital, mas estão com dificuldade de expandir.

“Corporate tem todo o arcabouço cultural, de incentivos, de processos, de como o budget é dividido que dificulta um pouco o processo de inovação. A área de TI de uma grande empresa é muito requisita e, muitas vezes, sobrecarregada e chega uma área de negócios e tem dificuldade de inovar pela área de TI. Por isso, a grande empresa recorre muito a fornecedores para chegar nisso”, explica João.

Olhando para a scale up, ela nasce digitalmente. Então, desde o momento de sua fundação, o core é um produto digital. Conforme a startup cresce, a demanda por tecnologia cresce muito e, com o contexto que estamos, é difícil contratar pessoas. A startup precisaria sempre reter talento e alocar novas pessoas e, fazer isso em escala, é muito complexo.

“O perfil do nosso profissional é o que chamamos de ‘profissional full Bossa’. Existem as pessoas que querem flexibilidade total e outras que prezam por segurança. O profissional da BossaBox está no meio: ele preza pela flexibilidade, mas também por estabilidade”, resume João.

Para 2023, o profissional acredita que as empresas buscarão por eficiência. “Queremos entender qual o impacto que a BossaBox pode ter nesse planejamento, porque podemos diminuir os riscos do cliente. É interessante ver o movimento que acontecerá. A abundância que vimos em 2019 e 2020 não existe mais e as empresas precisam se adaptar.”

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