Banco Central adia fase 2 do Open Banking para agosto

Etapas 3 e 4 não sofreram adiamento, ao menos por enquanto. Instituições poderão compartilhar dados de clientes para melhorar taxas e serviços

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1:34 pm - 14 de julho de 2021
open banking

O Banco Central do Brasil comunicou por meio de nota nesta quarta (14) um adiamento da segunda fase do Open Banking, até então programada para começar amanhã (quinta, 15). Segundo o BC, a medida atende a um pedido formal da estrutura de governança do Open Banking, motivado por um atraso nos testes necessários para a homologação e o registro de APIs por parte das instituições participantes.

Com o adiamento o início da chamada “Fase 2” deve começar em 13 de agosto. Apesar disso, as demais fases do processo não foram alteradas – ao menos não por enquanto. Elas estão programadas para começar, segundo o site do próprio BC, em 30 de agosto (Fase 3) e 15 de dezembro (Fase 4). A primeira fase começou em fevereiro.

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A etapa adiada hoje envolve o compartilhamento de dados cadastrais e transacionais de clientes por parte das instituições e empresas participantes. Os clientes precisam autorizar essa troca. Segundo o BC, o objetivo é dar ao consumidor acesso a melhores taxas e prazos para crédito e outros serviços.

O Open Banking faz parte de uma estratégia do BC chamada Agenda BC#, que inclui uma série de mudanças no sistema financeiro de modo a torná-lo mais digital. Isso inclui a criação de novos canais de comunicação e de acesso a serviços.

A resolução pode ser lida nesse link.

Fintechs de acordo

Em nota enviada ao IT Forum pela Associação Brasileira de Fintechs (a ABFintechs), a entidade diz que a decisão do BC foi “assertiva”, dada a importância do tema. E que o Open Banking irá mudar o setor financeiro do país a médio e longo prazo.

“Enxergo este atraso como algo positivo. Afinal, esse foi um pedido das próprias instituições e da própria estrutura de governança do Open Banking”, diz Marcelo Martins, diretor executivo da ABFintechs. “Ao meu ver, não adianta nada a nova fase começar sem que as instituições estejam prontas. É melhor começar realmente quando todas estiverem prontas e satisfeitas com seu nível de segurança e conectividade.”

* texto alterado às 17h00 para inclusão do posicionamento da ABFintechs

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