B3 lança plataforma de ativos tokenizados para crowdfunding

Solução é voltada para equity crowdfunding e promete viabilizar negociação subsequente de contratos de investimento

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12:00 pm - 17 de abril de 2024
Imagem: Shutterstock

A B3 anunciou essa semana a disponibilidade de uma solução de ativos tokenizados para plataformas de crowdfunding. A solução promete permitir a tokenização dos chamados Contratos de Investimento Coletivo (CICs) e ativos emitidos nas plataformas de financiamento coletivo durante captações primárias.

Os tokens podem ser negociados posteriormente pelas plataformas que utilizam a tecnologia da B3, com liquidação financeira via PIX. A promessa é de obter controle de titularidade e rastreabilidade das operações, dando aos investidores facilidade e segurança na compra e venda de participações societárias.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou a B3 a oferecer a tecnologia no começo de abril. Desenvolvida em parceria com a B3 Digitas, especializada em produtos para ativos digitais, a solução é customizável e poderá atender qualquer plataforma de financiamento coletivo, diz a empresa.

Atualmente, mais de 60 plataformas de crowdfunding reguladas pela CVM realizam captações primárias. A Resolução CVM 88, atualizada em 2022, permite a realização de transações subsequentes desses ativos.

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“Estamos trazendo para o mercado uma solução white label ágil e segura, que possibilita ao setor de crowdfunding oferecer um ambiente para que os investidores possam transacionar sua participação em startups e pequenas e médias empresas. O uso de plataformas de financiamento coletivo muitas vezes é o primeiro passo das empresas no mercado de capitais”, explica Jochen Mielke de Lima, CEO da B3 Digitas.

Para o desenvolvimento da solução, a B3 também contou com o apoio das plataformas de investimentos em startups Kria e EqSeed.

Vantagens e operação

A B3 será responsável pela infraestrutura para tokenização e negociação de ativos e não atuará como contraparte central nem interferirá nas operações, diz a empresa. Elas continuarão sendo gerenciadas pelas plataformas de crowdfunding, assim como o relacionamento com startups, empresas e investidores.

Segundo Camila Nasser, cofundadora e CEO do Kria, o maior desafio dos investidores atuais diz respeito à liquidez dos ativos. “Agora estamos dando um passo certeiro para o desenvolvimento de um mercado de investimentos de crowdfunding com maior liquidez, o que trará mais segurança aos investidores e com certeza impulsionará nossas captações, com uma infraestrutura robusta e segura”, pondera.

Flavia Mouta, diretora de Emissores da B3, diz que a nova solução atende uma “necessidade crescente das empresas por financiamento, especialmente aquelas com faturamento de até R$ 40 milhões”.

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Redação

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