Armada quer transformar mercado de edge computing com investimento de US$ 55 milhões
Empresa norte-americana nasce já com operação no Brasil e foco em resolver grandes problemas de inteligência na borda
A Armada, empresa de Computação de Borda (Edge Computing) com sede em San Francisco, nos Estados Unidos, anunciou oficialmente o início de suas operações globais, marcando um passo crucial na busca pela inclusão digital em todo o mundo. Com investimento de mais de US$ 55 milhões, liderado por investidores renomados como Founders Fund, Lux Capital, Shield Capital e 8090 Industries, a Armada está determinada a redefinir o futuro da conectividade, computação e inteligência artificial (IA) em escala global.
“Nossa missão é clara: acabar com a exclusão digital global, permitindo que empresas e comunidades aproveitem ao máximo seus dados, independentemente da sua localização”, contou com exclusividade ao IT Forum Dan Wright, cofundador e CEO da Armada. Na conversa, o executivo enfatizou, ainda, a importância de levar a inteligência artificial generativa, o Edge Computing e os modelos preditivos para regiões anteriormente desprovidas dessas tecnologias e que esse movimento pode ser o início da nova era do empreendedorismo e negócios de destaque.
“Hoje, a IA está revolucionando todos os aspectos de nossas vidas e trabalho, mas nem todos têm a mesma oportunidade. O que é realmente surpreendente é que vastas áreas do planeta ainda não têm acesso básico à internet, muito menos a capacidade de obter valor tangível de seus dados”, afirma Wright. “A missão da Armada é acabar com a exclusão digital de uma vez por todas, dando aos nossos clientes a capacidade de resolver seus maiores problemas.”
Conectividade e IA em qualquer lugar
Wright revela que a Armada se destaca como a primeira plataforma de Edge Computing móvel full-stack do mundo, oferecendo conectividade com a internet, computação e inteligência artificial em qualquer lugar do planeta.
A empresa fornece uma solução de infraestrutura full-stack, implementável em ambientes locais e na nuvem, permitindo Edge Computing ideal e conectividade de ponta com internet via satélite para as regiões mais remotas do mundo.
Com a previsão do Gartner de que 75% dos dados corporativos serão originados na borda até 2025, a Armada se posiciona como uma resposta à demanda crescente por uma abordagem descentralizada para capacitar a quarta revolução industrial, conta ele.
Brasil como foco
Ricardo Menezes, country manager da Armada no Brasil, assumiu a missão de alavancar os negócios da empresa em solo nacional há pouco tempo e destaca a entrada estratégica da empresa no mercado nacional, ressaltando a importância do país para as operações globais. “Queremos ampliar o que [os clientes] fazem, e isso tem sido bem recebido. Estamos trabalhando de perto com a Star Link, e vemos isso como uma oportunidade ganha-ganha.”
Com casos de uso em grandes empresas de entretenimento e mineração no Brasil, a Armada quer resolver problemas de conectividade e processamento de dados em locais remotos, promovendo a transformação digital em setores-chave, como agroindústria, mineração e logística.
O investimento no Brasil, garante Wright, é de longo prazo. Tanto é que a empresa já está buscando parceiros locais para produzir seus equipamentos em solo nacional, acelerando entregas de projetos.
Crescimento em um mercado pujante
A Armada, que saiu do papel há exatamente um ano, está avançando rapidamente com certificações, estabelecendo parcerias e expandindo sua presença global. Os primeiros nove meses da empresa focaram na busca de capital e agora a companhia está segura de que conta com uma plataforma robusta para se tornar líder de Edge Computing, inspirando outras empresas a seguir o mesmo caminho e impactar positivamente o mercado e a vida das pessoas.
“Vivemos uma era empolgante para o Edge Computing, marcada por uma transformação notável. Em um passado não tão distante, a ausência de internet limitava significativamente as possibilidades. Contudo, testemunhamos uma mudança de paradigma nos últimos anos, impulsionada pela redução dos custos de sensores e drones. Especialmente no setor industrial, empresas estão adotando uma abordagem abrangente, incorporando sensores em praticamente todos os aspectos de suas operações”, detalha Wright.
Ele prossegue dizendo que o resultado é a geração exponencial de dados, alcançando a marca de 1 a 10 terabytes diários em escala global. Nesse cenário, a convergência de fatores, como conectividade e a consolidação da inteligência artificial como uma tecnologia mainstream torna-se evidente. A busca pelo poder da IA nos negócios, com o auxílio de plataformas como ChatGPT, emerge como um imperativo para empresas que buscam maximizar o potencial desses volumes massivos de dados, ensina.
As expectativas para o futuro da Armada são ambiciosas e moldadas por uma visão que vai além da construção de uma empresa convencional de tecnologia. “Almejamos ser reconhecidos não apenas como uma empresa, mas como uma “Generation Company” capaz de gerar um impacto significativo no mercado. A segunda fase de nossa jornada visa posicionar a Armada como a referência em Edge Computing, de modo que, quando as pessoas pensarem em inovação na computação de borda, automaticamente nos associem”, assinala Wright. “Buscamos um impacto digital que transcenda o convencional, transformando não apenas nossa empresa, mas também elevando nossos clientes ao status de verdadeiros heróis em suas jornadas tecnológicas”, finaliza.
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