Apple afirma que governo quer manchar empresa na luta pela privacidade digital

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7:30 pm - 11 de março de 2016
A Apple disse que promotores federais nos Estados Unidos estão na “ofensiva”, “desesperados” e “querem manchar a imagem da empresa” em uma escalada notável na luta pela privacidade digital entre a empresa mais valiosa da América e o FBI.
As observações são do advogado da Apple, conselheiro-geral Bruce Sewell, feitas em uma teleconferência com jornalistas poucas horas depois de o Departamento de Justiça apresentar um documento legal que acusava a empresa de tecnologia de tentar usurpar o poder do governo.
No documento, o governo indica que a Apple definiu-se como “guardião principal da privacidade dos norte-americanos”. Sobre a afirmação, Sewell respondeu: “Em 30 anos de prática, não acho que já vi um sumário legal com intenção de difamar o outro lado. Só posso concluir que o Departamento de Justiça está tão desesperado neste ponto que jogou decoro aos ventos”.
A disputa começou depois que um juiz federal na Califórnia pediu que a Apple enfraquecesse a segurança de um iPhone usados pelo atirador de San Bernardino, Syed Farook. O governo até o momento não conseguiu corromper o telefone.
A ruptura das relações significa que o Vale do Silício e Washington estão agora mais longe de chegar a um acordo. A única solução previsível viria de uma decisão judicial ampla ou nova legislação.
Em arquivamento de 35 páginas, o governo citou relatórios de notícias e outras fontes sugerindo que a Apple “estava sendo hipócrita em se recusar a ajudar os EUA” no caso enquanto coopera com o governo chinês. A Apple, por exemplo, armazena dados para os usuários chineses em centros de dados chineses. 

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